segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Da falta de capitalismo a prostituição infantil no Camboja



Quando tentam criticar o capitalismo, muitos na verdade criticam sintomas terriveis de falta de aplicação deste( por vezes combinada com sua má aplicação)
Em artigo realmente emocionante deste domingo, dia 11/1/2009, o colunista do New York Times Nicolas Kristoff debate a situação da prostituição infantil no mundo.
Esse tema lhe chamou a atenção em recente visita ao Camboja, país pobre onde esse mal é muito frequente.
Viajando por um vilarejo naquele país, uma senhora abordou a Kristoff e tentou lhe vender duas garotas.O jornalista imediatamente caiu em lagrimas diante da situação terrivel e da constatação que em pleno seculo XXI era possivel um ser humano comprar outro ser humano.Ele comprou as meninas e imediatamente as libertou, dando-lhes dinheiro e mandando-lhes de volta a seus vilarejos de origem.
Anos depois, das duas meninas, uma conseguiu aprender a profissão de cabelereira e acabou se casando, e a outra cabou se tornando viciada em heroina e voltando ao bordel.
Kristoff entou voltou ao Camboja para entrevistar a dona do bordel.Ela não parava de reclamar dos ''tempos ruins'': existiam agora muito menos bordeis no Camboja, pois a policia fechava os que aprisionavam e escravizavam as garotas( e a propria cafetina do bordel admitia que não era por isso que eles ficavam fechados.Simplesmente, os bordeis onde as garotas eram aprisionadas possuiam desvantagens no capitalismo, já que tinham custos maiores para pagar quardas e vigias para que elas nao fugissem e alem disso perdiam clientes pela impossibilidade destes sairam do bordel com as garotas)
Ela dizia ''jogar o jogo limpo'' e so empregar garotas que queriam estar lá.Apesar disso tudo, com as recentes reformas economicas menos garotas se alistavam para tal trabalho, a policia já era um pouco mais dificil de se corromper e a propria moral crescente no pais prejudicava seu negócio.
Pode parecer frio, mas para vencermos um mal tão terrivel como prostituição infantil temos que aplicar os proprios principios libertários: mais capitalismo fará com que a economia cresça e menos garotas se vejam forçadas a entrar nessa situação lastimavel e principios libertários de repsonsabilidade fazem com que adultos possam fazer o que quiser com seu corpo, mas jamais um adulto poderia explorar e abusar de uma criança.
Ou seja, já está tudo lá, em nossa doutrina.O problema é a miseria, a desesperança trazidas por tantas decadas de socialismo e ditadura que o Camboja viveu.
Do mesmo modo que a escravidão caiu não devido a leis impositivas como a Lei Aurea, mas a propria situação economica que começou a tornar a escravidão desinteressante para os lucros, tambem em qualquer outro negócio, basta diminuir a atratividade, as margens, aumentar a supervisão e a perseguição e a prostuição infantil definhará, do mesmo jeito que a escravidão definhou.Por razões economicas, e não por leis.

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