segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cabral para presidente

Cabral: Aeroporto Tom Jobim é 'uma vergonha para o povo do Rio'

Publicada em 31/01/2011 às 12h04m

Simone Candida
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RIO - O governador Sérgio Cabral afirmou, nesta segunda-feira, que o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) é "uma vergonha para o povo do Rio", e voltou a defender que a administração deste e de outros terminais seja concedida a empresas privadas. Os comentários foram por causa do péssimo desempenho do Tom Jobim numa avaliação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que o considerou o menos eficiente entre 16 grandes terminais do país que formam a categoria 1.

- O governo brasileiro não tem que gastar dinheiro investindo em infraestrutura aeroportuária. Em todos os lugares do mundo, os recursos vêm do setor privado. Pelo contrário, o Estado brasileiro tem que receber recursos do lucro das empresas que vão explorar os aeroportos. É assim no mundo inteiro. Tenho certeza de que a presidente Dilma (Rousseff) vai enfrentar este desafio. Vejam os navios que estão chegando num terminal digno, que foi concessionado. Este aeroporto (o Tom Jobim) é uma vergonha para o povo do Rio - disse Cabral.

Para o governador, o aeroporto é o "anticartão de visitas do Rio de Janeiro":

- O aeroporto não condiz com este momento do Rio de Janeiro. Se você for à Rodoviária Novo Rio, que nós concessionamos e acabamos de renovar o consórcio com novos investimento, verá que ela está melhor que o aeroporto.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nem tão iguais assim( Retirado do Valor Economico)

Nem tão iguais assim

Cláudio Gonçalves Couto
27/01/2011
Texto:-A +A

Tarso Genro é um político de esquerda, ou ao menos supõe ser. Sendo de esquerda, seria de se esperar dele a defesa da igualdade entre os homens - afinal, se há algo que distingue a esquerda da direita, é a defesa da igualdade, mesmo que em sacrifício de outros objetivos, como já nos ensinou Norberto Bobbio, dentre outros. Todavia, não foi isto o que se viu no discurso do novo governador gaúcho por ocasião do debate acerca das aposentadorias especiais para ex-governadores de Estado (objeto, inclusive, de um editorial do Valor nesta semana). No dia 21 de janeiro último, o governador do Rio Grande do Sul defendeu que ex-chefes de governo estadual fazem jus a um "estatuto de classe média". A pergunta que se poderia seguir é: por que ex-governadores, em especial, fazem jus a tal condição, mas outras pessoas não?

A explicação dada por Tarso Genro a isto é que os governadores amparados por tais aposentadorias não precisariam viver de favor, após deixar a função. A nova pergunta que se poderia fazer é: que problema há em ex-governadores viverem de favor?

Não é possível responder a esta segunda pergunta com base no critério humanitário, pois aí retornaríamos ao primeiro questionamento - se ex-governadores fazem jus a um estatuto de classe média para viverem dignamente, todos os demais cidadãos também o fazem. Daí, ou se estende o benefício a todos, ou - caso isto não seja possível - não se concede o mesmo a ninguém, por uma questão de equidade. A não ser que se acredite que ex-governadores são pessoas que merecem um tratamento privilegiado em relação aos demais cidadãos, uma distinção decorrente de seu status pessoal diferenciado em relação à malta composta por todos nós outros.

Ora, mas se Tarso Genro pensa deste modo, reconhecendo que alguns não são tão iguais assim, será ele realmente de esquerda? Ou, se preferirmos não colocar as coisas nestes termos ideológicos que, para alguns, já foram superados: será ele ao menos republicano? Afinal, neste início de mandato o novo chefe do Executivo gaúcho propôs aos demais Poderes um "pacto republicano" para resolver problemas do Estado, sendo que a ideia de república e o discurso baseado no republicanismo costumam povoar suas falas. Mas como defender a "res publica" ao advogar que os dinheiros comuns sirvam para assegurar ganhos privilegiados de alguns?

Aposentadoria privilegiada revela nossa desigualdade

Uma segunda justificativa, baseada na ideia de que os ex-mandatários não podem viver de favor ao deixar o cargo, seria o risco que tal condição ofereceria para a própria coisa pública. Ora, mas se estamos falando de pessoas que deixaram seus cargos e, portanto, não têm mais poder político e administrativo para causar danos aos interesses coletivos, novamente a defesa das aposentadorias (e as pensões, para os dependentes) torna-se pouco plausível.

Invoquei aqui o exemplo de Tarso Genro porque foi ele quem mais se aventurou a encontrar uma justificativa publicamente defensável para este privilégio. Ressalve-se, em seu favor, que não apenas "deu a cara a bater", mas também ponderou a necessidade de mudar a legislação para tornar menos inadequada tal sinecura. Todavia, mesmo com ajustes, continuaríamos a ter uma prebenda, inaceitável numa república de iguais. Outros, como seu conterrâneo Pedro Simon (sempre bradando na tribuna do Senado contra os ataques à coisa pública), ou o ex-governador do Paraná, Álvaro Dias (ácido crítico das imoralidades do governo de seus adversários), sequer tinham argumentos ou fizeram propostas de mudança. Um justificou o pedido da aposentadoria com base nas dificuldades financeiras que vem enfrentando (cidadãos comuns recorrem aos bancos, ou à família), e o outro alegou que desejava fazer caridade (com dinheiro público, bem entendido).

Seria fácil compreender este imbróglio, fosse o mero oportunismo legislativo a causa da aprovação de normas jurídicas que engendram privilégios deste gênero. Há, contudo, algo mais profundo - e pior - que torna possível a existência tão difundida dessas leis (Estados de norte a sul do país as contemplam) e de manifestações públicas de autoridades que procuram justificá-las. É a mesma causa que explica a emissão de passaportes diplomáticos para "pessoas muito importantes" (VIPs), sem que o interesse público possa - de fato - requerê-los. Isto decorre do entendimento difundido em nossa sociedade - e, sobretudo, na classe política - de que os cidadãos não são todos iguais. Acredita-se que alguns merecem tratamento privilegiado em decorrência do cargo que ocupam ou ocuparam (não apenas as aposentadorias, mas também o foro judicial privilegiado), da escolaridade que detêm (a antiga prerrogativa de prisão diferenciada para os detentores de diploma de curso superior), ou de sua ascendência familiar (vejam-se os casos da filha de Hercílio Luz, que ainda recebe uma pensão, ou das tetranetas de Tiradentes, que também desejam pleiteá-la).

Situações como esta fariam sentido se ainda vivêssemos numa sociedade estamental, em que uma nobreza fosse percebida pelas normas sociais vigentes como distinguida e merecedora de tais privilégios. De fato, convivemos com diversas sobrevivências de tal ordem nobiliárquica, ainda que seja difícil defendê-las publicamente sem acrobacias argumentativas como as invocadas por Tarso Genro e tantos outros. Ironicamente, a principal instituição a se insurgir jurídica e politicamente contra essa situação é a Ordem dos Advogados do Brasil, ela mesma uma vezeira defensora de privilégios corporativos para seus membros - ao feitio das corporações de ofício medievais. Isto mostra claramente que o problema da desigualdade no Brasil não diz respeito apenas à iníqua distribuição de renda, mas a diferenças de status social que afetam, inclusive, a apropriação da riqueza em nosso país. É uma desigualdade que está em descompasso com o avanço já bastante considerável das condições de competição política de nossa democracia, enquanto nos países democráticos mais avançados foi por aí que tudo começou.

Cláudio Gonçalves Couto é cientista político, professor da FGV-SP. A titular da coluna, Maria Inês Nassif, está em férias

E-mail claudio.couto@fgv.br

O que diabos é soberania??

''José Alencar é um homem honrado.Construiu um império econômico, mas sempre respeitando a soberania do país''

(Dilma Roussef)

''As mineradoras que se instalarem no Brasil terão que entender que o Brasil é uma nação soberana

(Dilma Roussef)


Soberania, segundo o dicionário é capacidade de autodeterminação.É claro que ninguem defende que alguem não tenha o direito de se autodeterminar, desde que tambem respeitando a liberdade dos outros.
Por outro lado, sinto diariamente a minha soberania pessoal atingida por tantas leis e impostos vindos de Brasilia.Tantos que me mudei de vez para Nova York, e mandei as favas a tal soberania brasileira.Quero mais que essa soberania se lixe porque ela não me atinge mais.Aliás, nunca me atingiu.
Agora, preciso que algum petista que lee esse blog me explique: o que diabos é soberania??
Por favor, desenhem, expliquem, eu simplesmente não entendo.
É desrespeito a soberania eu ter dado no pé e não morar mais no Brasil?
É afronta a soberania alguem ficar rico? ( E como afinal o José Alencar conseguiu evitar o tal desrespeito a soberania mesmo ficando?)
Ou será que par Dilma soberania é o ato de colocar o país acima das pessoas?
Porque se for, lamento Dilma essa soberania não existe.Um país não existe.Não é nada mais que um monte de terra e pessoas.Talvez voce não goste disso, mas estas pessoas são livres.Podem se mudar do país, como eu me mudei.Podem ficar ricas, podem ir a falência, podem se casar com pessoas de qualquer parte do mundo e serem contratadas por empresas de qualquer parte do mundo.
Nunca colocarei nenhum país acima de mim.A sua soberania não existe.


Governo estuda taxar em 35% exportações ''desnecessárias''

Repleto de preocupações mercantilistas, e certos de que ''exportar é bom e importar é ruim'' o governo petista estuda taxar em até 35% um conjunto de produtos que considera ''exportações desnecessárias'' e incluiria itens como perfumes, e bebidas alcóolicas.
Em primeiro lugar, chega a ser engraçado dizer: quem é o governo para nos dizer o que é necessário e o que não é?Se a preocupação do governo é apenas atingir os ricos, o tiro mais uma vez vai sair pela culatra: os ricos podem ir ao exterior e comprar itens sem imposto algum.Quem a medida mais vai atingir será as classes mais baixas, vendedoras de lojas de perfumes, garçons de restaurantes, etc.
A boa notícia é que nem todos pensam como o governo brasileiro: se todos achassem que exportar é bom e importar ruim ninguem praticaria comércio mundial, já que a exportação de uma país é necessariamente a importação de outro.
Mas claro, lógica e racionalidade passam longe da turma dos políticos de Brasilia, especialmente os petistas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Napster/Kazaa X Wikileaks/Openleaks model

From ''A thousand nations.com''


Change technology, change incentives: Napster:Kazaa / WikiLeaks:OpenLeaks

DECEMBER 13, 2010

After Napster was shut down as a company & a service, Kazaa was quickly written to address the central point of failure weakness. With a pure P2P system, there is no concentration of liability – the liability of any one peer is vastly less than a company and removing them doesn’t stop the system, so the benefits are far less. On the cost side, while the cost to sue one peer is less than suing a company, the cost to sue every peer is vastly higher than the cost to sue one central company.

On net, while it was very worthwhile to sue Napster, suing the occasional file-sharer doesn’t pay. The technology dramatically altered the incentives facing those who would enforce copyright protections, thus changing what gets done in practice.

While WikiLeaks may have benefited from having a known leader who could fundraise and recruit, we can now see the weakness of that system. When the US got angry enough, Julian Assange was the obvious target. But you can’t take vengeance without teaching a lesson, and the movement to free information for public benefit can now simply reconstitute around a model robust to the “find a guy and throw him in jail” attack. Already, next-generation solutions are in the works:

Daniel Domscheit-Berg, who left the site after disagreements with its founder, plans to launch Openleaks in the coming months.

The technology, which can be embedded in any organisation’s sites, will allow whistle-blowers to anonymously leak data to publishers of their choice.

Its founders say it will address problems they had with Wikileaks.

“We felt that Wikileaks was developing in the wrong direction,” Mr Domscheit-Berg told BBC News. “There’s too much concentration of power in one organisation; too much responsibility; too many bottlenecks; too many resource constraints.”

And that’s just one. The technology for darknets and anonymous submission & publication of information is easy, there are many variations and techniques. Over time, developers will create solutions, including ones that spread liability, thus increasing the cost and decreasing the benefit to going after any node. The fact that anonymous submission & publishing are now easy is a physical fact about the world and its technology, a fact which cannot be rolled back by government decree, or throwing any one guy in jail. Not saying it is good, not saying it is bad, just saying that it is – and it is bad to reject what is.

These examples and issues are, of course, related to our broad themes of changing politics through technological innovation. Yes, governments can and will push back against seasteads. But just as the development of ships fundamentally altered the movement of people goods around the world, the ability to create new physical land anywhere in the oceans (68% of the planet!) will fundamentally alter the governance industry. There will be many ways to change tactics to deal with push back, many options that did not previously exist, and that will almost certainly change the balance of power.

Technology changes incentives, incentives change the world.

They fucked up with all the land on the planet.But we still have the sea and the space left.

http://vimeo.com/13211337

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O novo ministro do comércio ja fala asneiras

Quanto tudo está bem, lá vem Fernando Pimentel, o novo ministro de Desenvolvimento, Industria e Comércio recem empossado por Dilma falar imbecilidades.
Segundo entrevista ao Valor Economico o governo procurará ''manter e talvez aumentar seu superavit comercial''
Ora, onde está escrito que o Brasil deve ter superavit comercial?Superavit de alguem necessariamente é deficit de mais alguem.Se todos tiverem pensamentos retrógrados mercantilistas iguais a esse dinossauro ninguem mais praticará comércio mundial.
Mas a coisa piora: segundo ele, o governo poderá procurar aumentar o superavit!
E quem foi que disse que cabe a governos e seus funcionários publicos decidirem quanto um país deve exportar a mais que importar??