terça-feira, 6 de agosto de 2013

Um viva ao Uruguai



É preciso uma boa doze de burrice e limitação para ainda se acreditar que proibir as drogas faz algum sentido no mundo atual.
As mesmas frases chavões continuam sendo repetidas: ``drogas destroem famílias...!`` Duh..alguem aqui disse que as drogas fazem bem? E se elas realmente são tão nocivas, essa é mais uma prova de que a proibição simplesmente deu errado.Note: elas JÁ causam muito mal...mesmo sendo teoricamente proibidas...
Sem duvida, muito pior que o mal que as drogas causam é o mal que a proibição causa: tráfico, corrupção, etc.
As bebidas não foram liberadas porque se descobriu que o alcool nao faz mal.Simplesmente porque se notou que esta não era uma boa opção.O mesmo deve valer para as outras drogas.
Neste sentido, a decisão desta semana do Uruguai de ser o primeiro país onde o consumo de canabis será legal, merece uma salva de palmas.É tão incomum, enquanto latinoamericano, ver minha região na liderança e na vanguarda da liberdade do mundo que fico até surpreso de ver isso acontecendo neste caso.
Claro, há muito que eu mudaria na resolução aprovada, sendo que o monópolio estatal na comercialização foi o ponto que mais me desagradou.Ha tambem, como nao poderia deixar de ser, um teto: seis mudinhas  para cada um.Mas tudo bem, já seria demais exigir uma lei perfeita, ainda mais tendo vindo do estado e ainda mais em uma questão como essa, que mexe com os brios de muita gente.
Ainda assim, com todos os problemas, é uma medida que ao menos vai na decisão correta e deve ser aplaudida.
E o principal: esta decisão vai começar a mostrar ao mundo que novas ideias devem ser tentadas na questão das drogas.Não adianta tentar proibir drogas via lei ( ou a inflação via lei ).Elas são um fato da vida e políticos precisam compreender que o approach tentado nas últimas décadas simplesmente fracassou.
Parabens ao Uruguai!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Bônus sem ônus


Um traço bastante comum dos políticos brasileiros se assemelha a um antigo truque utilizado por adolescentes e algumas feministas: querer o melhor dos dois mundos.Na hora dos privilégios que supostamente fazem parte do ``bom exercício democrático de seus mandatos`` políticos gostam de lembrar que não são pessoas comuns: jatinhos particulares, penduricalhos e  mordomías são consequências naturais, ja que eles foram ``eleitos pelo povo``, como se isso desse a alguem características sobrenaturais.
Quando a coisa aperta porém e surgem críticas duras , os políticos correm igual a baratas para lembrar que como ``qualquer índividuo`` possuem direito a privacidade.
Interessante isso..Cabral chegou a chorar lembrando que possui filhas e logo deveria ``como qualquer pessoa`` ter direito a privacidade.Os petistas mensaleiros também bateram nesta tecla diversas vezes para se defender de seu mensalão.Curioso é que o também petista Lula afirmou certa vez que ``qualquer pessoa que pensa que presidente da república precisa andar em avião comercial só pode ser débil mental``
Dois pesoas e duas medidas..na hora das regalias e mordomias eles lembram que não são pessoas normais..são ``escolhidos pelo povo``! Na hora que o calo aperta, correm para dizer que possuem os mesmos direitos de todo mundo.
Passar batido em filas de aeroporto, utilizar helicópteros particulares para pegar vestidos, comprar com dinheiro público romanee contis , isso pode.Mas quando alguém aponta o dedo, tenham calma, eles possuem o mesmo direito a privacidade que todos nó!
Penso que pelo contrário, temos interesse em uma sociedade que questiona duramente seus políticos, de todas as estirpes.Temos sim que dar a eles uma vida difícil.É nosso interesse viver em um país onde os melhores e mais ambiciosos pensem em todas as possibilidades para suas vidas, menos seguir carreira na política.Isso é opção da escória.Dos menos capacitados.Os melhores têm que estar empreendendo, gerando ideias na iniciativa privada que é o lugar deles.Em suma, gerando riquezas, ao contrário de políticos que nao criam coisa alguma.
É bom para todos nós que políticos tenham uma vida ruim.