terça-feira, 31 de março de 2009

Secularismo é a unica solução para uma sociedade aberta

Ps: Quando se posta um video de alguem, significa que concordo apenas ( e tão somente) com o que essa pessoa está falando no vídeo.Não estou, de forma alguma, concordando com as políticas intervenciostas e um tanto quanto socialistas de Obama.É triste ver o que ja foi um país liberal intervindo na industria bancária e agora em varias outras frentes, como a industria automobilística.
Obama é pior que Bush no quesito economia, e melhor que este no quesito liberdades pessoais.
Políticos, como se pode atestar, jamais conseguem vir completos de fábrica.
Acho que no final, nesta tosca competição de baixo nível, os dois ficam em um medíocre empate.
Pelo menos é saudável ver um presidente americano não afirmar aos quatro cantos que ''Deus está do lado dele'' e que ''ou se concorda com ele ou se é um inimigo''.

segunda-feira, 30 de março de 2009

A lei vale para todos.Menos para os políticos.

Retirado da Revista Veja.


Sebastião Moreira/AE
A primeira prisão, em 2005 (foto).
O Brasil ganharia se contra os corruptos do mundo oficial fosse usado o mesmo rigor que levou à condenação da dona da Daslu


A empresária paulista Eliana Tranchesi, dona da Daslu, sacerdotisa da moda para os ricos e poderosos de todas as regiões do Brasil, não pode ser demonizada como o símbolo da desigualdade e da injustiça social no país. Eliana foi condenada por uma série de crimes relacionados com a importação fraudulenta de produtos de luxo, que resultaram na sonegação de mais de 600 milhões de reais. Ela foi presa na semana passada e recolhida a uma penitenciária em São Paulo. Seu irmão e o principal importador da Daslu também foram presos, acusados dos mesmos crimes. Eliana e seus sócios, porém, devem ser punidos apenas por seus desvios de conduta. É preciso desestimular as tentativas de enxergar na punição da dona da Daslu uma condenação também a todos aqueles que, apenas por desfrutar uma boa situação material, parecem aos olhos do populismo rasteiro cidadãos privilegiados e inimputáveis. A caça aos ricos é uma tentação suicida que, como demonstra a história, só produz mais miséria moral, política, econômica e social.

Deve-se refrear também o impulso de ver no comércio de artigos caros e requintados apenas mais uma demonstração viciosa das classes abastadas. As pessoas que fabricam e vendem essas mercadorias, desde que respeitem as leis, são cidadãos tão úteis à comunidade quanto quaisquer outros. Como toda indústria, a do luxo cria empregos, produz riqueza e qualifica a mão de obra – e permite que as pessoas exerçam sua liberdade individual também na maneira como dispõem de seu dinheiro. Se a condenação de Eliana Tranchesi a 94 anos e seis meses de prisão tem algum significado maior – fique ela efetivamente presa ou não –, é o de marcar, talvez, o fim da era em que os ricos e com boas conexões em Brasília podiam tocar seus negócios livres dos impostos, fora do alcance das leis e ao arrepio de todas as regras comerciais, em prejuízo flagrante para os concorrentes – e, consequentemente, para o bom funcionamento da economia de mercado. O Brasil daria também um passo gigantesco na luta contra os que roubam dinheiro público se aos corruptos do mundo oficial fosse dispensada a mesma e diligente orquestração de esforços de polícia e Justiça que levou à condenação e prisão da dona da Daslu.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Os arautos do caos



Para os ideologos do fracasso, as viuvas do falido socialismo, uma crise economica é motivo de felicidade.
Esqueceram de contar para estes, que desde seu inicio faz parte do capitalismo o movimento em ondas e que os periodos de crise e recessão são até parte integrante e no longo prazo benéficas ao capitalismo, pois é através destas que este se renova e torna-se mais forte, em uma especie de limpeza das impurezas.
Infelizmente para eles, o mundo não irá se transformar em uma grande Coreia do Norte
Muitos apresentam particular alegria, pela crise ter tido seu inicio nos Estados Unidos, o ''centro do neoliberalismo'' e isso seria, segundo estes loucos, a ''prova do fim do capitalismo''
Para começar, vale dizer, os Estados Unidos não são o ideal libertário.O governo lá tambem atrapalha e muito a vida dos americanos, assim como qualquer governo atrapalha a vida de seus cidadãos.A vantagem comparativa americana, que faz aquele país ser a maior economia do planeta reside justamente no fato de que trata-se de um governo relativamente pequeno e pouco interventor, quando comparado aos outros.Dito de outras palavras, em terra de cego quem tem um olho é rei.
Se alguem não acredita nisso, basta observar os inumeros sites libetários americanos para se perceber como estes criticam o governo americano.
Curioso é perceber como um dos grandes alvos de criticas sempre foi justamente o mercado residencial, com duas enormes instituições que de fato eram controladas pelo estado, Freddie Mac e fannie mae, e uma politica de juros e hipotecas artificialmente baixos por decadas para estimular o setor.
Nota-se que as impressões digitais do governo americano estão em todos os cantos quando se olha para a crise.E se o governo falhou ao causar o problema, tambem falhou ao monitora-lo, pois existia uma agencia cuja unica finalidade era supervionar essas duas grandes instituições que tiveram que ser socorridas.
Em resumo: o governo americano causou a crise e ainda pecou em não percebe-la a tempo.
Não estou dizendo com isso que políticas equivocadas de remuneração e outros fatores não exacerbaram o problema.Ocorre que o problema não é como dizem alguns, causado pelo ausencia do estado.
E qual a solução proposta para o futuro segundo estes arautos do caos: mais estado é claro!Que tenhamos uma agencia maior, com mais pessoas, politicas ainda mais expansionistas e tudo o mais de bagunça que o estado poderia fazer.
Essa é, meus amigos, a fotografia e o possivel ponto de partida da proxima crise financeira mundial.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Uma outra opção

Essa é a plataforma do Partido Libertário Brasileiro.



Se programas dos partidos políticos para voces parecem sempre iguais, talvez queiram dar uma olhada sem compromisso neste.


segunda-feira, 23 de março de 2009

Os fura-filas dos aeroportos



''O Brasil é o pais onde se criam dificuldades para que se possa vender facilidades''
(Lobão)

Obviamente, existem classes muito bem organizadas e empenhadas para que o estado não perca nem um pouco de todo o seu furor de arrecadação e menos ainda o seu poder.
Como não poderia deixar de ser, de forma muito pouco surpreendente, são as classes que se beneficiam diretamente do peso que o estado representa para todos os outros.
Um funcionário de empresa estatal não quer a privatização desta, é obvio.Um estudante de faculdade publica não quer o fim delas.Um funcionário publico com aposentadoria integral não quer o fim de sua mamata.E claro, os políticos não querem o fim de seus privilégios nem redução de seu poder.
Semana passada, graças a histórica reportagem do jornal ''Folha de São Paulo'' descobrimos que o senado brasileiro tem nada menos que ridículas 181 diretorias.Sim, mais diretorias que a General Eletric, a Coca Cola e a Microsoft juntas.
Entre as muitas diretorias, sempre obviamente regadas de privilégios e salários altos pagos -adivinhem voces com dinheiro de quem?!- constam coisas como uma diretoria ''fura-fila'' cujo unico trabalho de seu diretor e seus sete funcionários é assegurar que senadores não fiquem em filas de aeroportos, que eles tenham prioridade no atendimento, acesso, e embarque.Na pratica, eles mesmos admitem que cuidavam mais do embarque e das mordomias de parentes e amigos dos senadores, pois esses ja têm outros funcionários-sempre pagos com direito do contribuinte, claro-que cuidam disso.
Há diretorias para todos os gostos.Nem vou me dar ao trabalho de elencar.Tudo o que o leitor puder imaginar em termos de mordomias, pode esta certo de que lá haverá uma diretoria para atender a essa ''necessidade''.
Nós libertários acreditamos em um caminho diferente.Acreditamos que os partidos brigam para disputar quem será o ''rei'' da ocasião, mas jamais terão interesse em mudar o status quo que tanto os beneficia.Acreditamos que a unica solução passa pela redução drástica do tamanho do estado.Quanto mais ele diminuir mais a vida das pessoas-a nossa vida- irá melhorar.
E acreditamos que o jeito de fazer isso é através de conscientização das pessoas para o fato de que o estado não resolve os problemas, apenas os piora.Quando formarmos uma base suficientemente grande de libertários, quem sabe em alguns anos ou décadas poderemos influenciar o jogo decisório, e não nos tornando políticos como eles, mas apenas apoiando decisões que reduzam o tamanho e o peso do estado e apoiando iniciativas pró-liberdade.Iniciativas como a flexibilização das leis do trabalho, as privatizações e o fim da burocracia.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Não é proibindo o sofá que se combate o adultério




Texto de Rodrigo Constantino

“As estatísticas são como o biquíni: o que revelam é interessante mas o que ocultam é essencial.” (Roberto Campos)

A grande mídia, em especial a Globo, resolveu comprar a tese de que a nova “Lei Seca” resultou em uma queda drástica dos acidentes de trânsito. Em tudo que é jornal se lê que o número de acidentes caiu algo como 20% ou mais depois dos novos limites de bebida impostos pelo governo. Poucos leitores são críticos o suficiente para questionar estes dados. A confusão entre correlação e causalidade costuma enganar muita gente despreparada e leiga em estatística. Quando duas variáveis caminham juntas, não necessariamente uma é causadora do movimento da outra. Para se estabelecer o nexo causal, é preciso o uso da lógica dedutiva. Caso contrário, podemos acabar concluindo que o aumento de médicos é causa do aumento de doenças, já que onde há mais doentes costuma haver mais médicos também. Um imperador chegou a eliminar os médicos em seu país para acabar com as doenças!

Voltando ao caso da queda na taxa de acidentes após a aprovação da nova lei radical, que proíbe praticamente qualquer consumo de álcool pelo motorista, devemos questionar se a causa dessa redução nos acidentes se deve mesmo ao critério mais rigoroso da lei, ou a outros fatores. Um pouco de reflexão logo irá mostrar que faz muito mais sentido creditar o aumento da fiscalização, tanto pela polícia como pela mídia, em vez do novo patamar de álcool permitido. Simplesmente está ocorrendo uma fiscalização bem maior, principalmente porque a mídia está em cima. Afinal, a maioria dos acidentes causados por motoristas embriagados já estava na ilegalidade antes, com a lei anterior. O patamar antigo permitido já era baixo, e o grosso dos acidentes não é causado por motoristas que consomem um copo de cerveja ou uma taça de vinho, e sim por aqueles que estão realmente bêbados, sem condição alguma de conduzir o veículo. Sem falar que muita gente sóbria causa acidentes também, e nem todo imprudente está alcoolizado.

Será que devemos tolher a liberdade da grande maioria de indivíduos responsáveis por conta de uma pequena minoria de irresponsáveis? Não faz mais sentido punir aqueles que de fato colocam os demais em risco, dirigindo de forma claramente ameaçadora? Se este é o objetivo, a lei anterior era totalmente suficiente, e basta fiscalizar melhor. Comemorar a redução dos acidentes como se a causa fosse o maior rigor do limite de álcool é confundir correlação com causalidade.

Dito isso, resta fazer outros dois comentários. Em primeiro lugar, a conseqüência evidente da multa de quase mil reais para quem bebeu qualquer quantidade de álcool foi aumentar a corrupção na polícia, como previsto. Vários casos têm sido relatados de policiais cobrando até R$ 500 para liberar motoristas cujo único “crime” foi ter consumido uma taça de vinho no jantar com a mulher ou um chopp com os amigos. Era inevitável esse resultado, pois se concentrou poder demais nas mãos do agente da lei, e nada como a criação de dificuldades absurdas para a venda de facilidades ilegais. Os taxistas também celebraram a nova lei, e o movimento dos bares e restaurantes, como era de se esperar, caiu bastante. A Associação dos Bares e Restaurantes chegou a entrar na Justiça contra a nova lei. O impacto econômico da lei começa a ser sentido automaticamente, e isso não deve ser ignorado.

Em segundo lugar, é preciso lembrar que os fins não devem justificar quaisquer meios. Se a meta é apenas a redução dos acidentes, independente dos meios utilizados, há mais o que pode ser feito, muito mais radical ainda. Por exemplo: se todos forem impedidos de sair de carro à noite, a quantidade de acidentes irá desabar, sem dúvida. Mas qual terá sido o preço pago, em termos de liberdade individual? No limite, se os carros forem proibidos, acabam os acidentes com carros! Logo, antes de comemorar a redução dos acidentes, seria mais sábio entender as diferenças entre correlação e causalidade, e também refletir mais sobre a perda das liberdades individuais em nome dos resultados utilitaristas. Entendendo melhor essas estatísticas, fica claro que depois que passar essa fase de maior fiscalização, é provável que tudo volte a ser como era antes, à exceção do preço mais elevado da “cervejinha” dos policiais corruptos e da redução da liberdade dos indivíduos responsáveis. Não é proibindo o sofá que se combate o adultério!

terça-feira, 17 de março de 2009

A delicada questão do aborto




Não existem no mundo dois seres humanos exatamente iguais, nem com pensamentos iguais.Logo, não é de se estranhar, e é até saudável que dentro do movimento libertário existam tambem pequenas divergências de pensamento.
No mais essencial todos os libertários concordam: todos possuem o direito de viver a própria vida da maneira que quiserem, contanto que isso não interfira no direito de outros.Concordamos tambem que os governos são uma força negativa que interferem em nossos direitos privados, através de suas inumeras restrições, regulações e cobranças.
A questão do aborto é um destes temas que trazem controvérsia mesmo entre os libertários.
Como defendemos a liberdade e o direito de cada um fazer o que quiser com o próprio corpo, parte considerável dos libertários defende que o aborto deveria ser legalizado, visto que somos contra o fato de que doutrinas religiosas imponham seus dogmas perante a sociedade e perante seus não-seguidores.
Por outro lado, muitos libertários lembram para o fato de que defendemos direito irrestrito a fazer o que quiser desde que isso não interfira no direito de outros.E segundo estes o feto em questão é um ''outro'', ou seja, a ciencia nos lembra que a mulher é um mero hospedeiro, não sendo ela e o feto uma pessoa só.
É um debate que está como sabemos longe de ser concluido.
Porem, todos os libertários aplaudem a separação entre igreja e estado.Que bom é viver numa sociedade regida por leis laicas.As leis brasileiras em questão permitem a mãe da criança abortar em casos de estupro e/ou em casos onde a prorrogação da gravidez implica em risco para a mãe.
Como a menina de 9 anos em questão do caso que chocou o país enquadrava-se em ambos os casos, o aborto felizmente foi feito.
Vejam bem: libertários não são contra a religião.Faz parte da liberdade de cada um ser religioso e seguir dogmas, se essa pessoa assim quiser.O que somos contra é a imposição de suas próprias crenças em outras pessoas, quando se tenta que todos sigam as suas próprias conviccções, através de feriados religiosos, lobbies para que sejam aprovadas leis com dogmas religiosos no congresso, etc.
A separação entre igreja e estado é uma ideia que veio para ficar no Brasil.Graças a Deus!


A proibição falhou; A legalização é a opção menos ruim que temos




Traduzido da revista ''The Economist''

Há cem anos um grupo de diplomatas estrangeiros se reuniram em Xangai para a primeira reunião internacional destinada à discutir a proibição de drogas. Em 26 de Fevereiro de 1909 eles concordaram em criar a International Opium Comission com o intuito de proibir a circulação do ópio e, em seguida, de muitas outras substâncias psicoativas. Em 1998 a assembléia geral da ONU pediu para que os países membros buscassem em conjunto a criação de um "mundo livre das drogas" e "eliminar ou reduzir significantemente" a produção de ópio, cocaína e maconha até 2008.

É o tipo de promessa que políticos amam fazer. Ela cria um senso de pânico moral que tem sido a base para a proibição das drogas por mais de um século. Serve para conformar os país de adolescentes ao redor de todo mundo. Ainda assim, é uma promessa extremamente irresponsável, simplesmente porque não pode ser cumprida.

Semana que vem ministros de todo mundo irão se encontrar em Viena para criar a política anti-drogas para a próxima década. Muitos dirão para "deixar as coisas como ela estão", mas na prática, a "guerra contra as drogas" tem sido um disastre, criando estados falidos no mundo emergente e com índices de vício crescentes no primeiro mundo. É possível afirmar que essa luta de mais de 100 anos tem sido não-liberal, violenta, e sem sentido. Por isso a Economist continua acreditando que a política "menos pior" para lidar com as drogas é legalizando elas.

* A evidência da falha

Hoje em dia o escritório da ONU sobre Drogas e Crimes não fala mais sobre um "mundo livre das drogas". Ela reclama que o mercado das drogas se estabilizou e cerca de 200 milhões de pessoas, ou 5% da população adulta do mundo, ainda usa algum tipo de droga ilegal - basicamente a mesma proporção de uma década atrás. A produção de cocaína e ópio é a mesma de uma década atrás; A de maconha é maior. O consumo de cocaína caiu nos EUA desde o seu pico no começo dos anos 80, mas o seu futuro é incerto, e seu consumo tem crescido em muitos lugares, inclusive a Europa.

Não por falta de esforço. Os EUA sozinho gasta 40 bilhões de dólares todo ano tentando eliminar o suprimento de drogas. Todo ano cerca de 1,5 milhão de pessoas cometem crimes relacionados à drogas, e 500 mil acabam presos. Leis pesadas em relação à drogas é uma das razões pela qual um entre cada 5 americanos negros passam pelo menos algum tempo na cadeia ao longo de sua vida.


E mesmo assim a própria proibição torna viável os esforços dos traficantes. O preço de um produto ilegal é determinado muito mais pelo custo da distribuição do que o da proibição. Por exemplo, o custo da produção da cocaína em relação ao pago nas ruas tem uma proporção de 1 para 100. Mesmo que ataques biológicos ocorram nas plantações dos fazendeiros de coca, o preço que a droga chegará as ruas é igual, que é modificado apenas pelo qual arriscado é distribuir algo ilegal nas ruas da Europa ou dos EUA.

Hoje em dia os traficantes dizem controlar cerca de metade de toda cocaína que é produzida. O preço nas ruas dos EUA parece sim ter subido, e a pureza parece ter caído, ao longo do ano passado. Mas não é certo que a demanda cai quando o preço sobre. Por outro lado, existe muita evidência que o negócio das drogas rapidamente se adapta quando atacado. Na melhor das hipóteses, quando repreendido de forma efetiva, o local de produção simplesmente muda. Dessa forma, o ópio foi da Turquia e Tailândia para Miamar e a parte do sul do Afeganistão.

* Al Capone em uma ecala global

Longe de reduzir a criminalidade, a proibição das drogas criou bandidagem e gangues em uma escala que o mundo nunca viu antes. De acordo com a ONU, a indústria da droga mobiliza cerca de 320 bilhões de dólares por ano. No ocidente, torna criminosos cidadães que seguem sem problemas todas as outras leis (o atual presidente americano poderia facilmente terminar na prisão por algum de seus "experimentos" na juventude). Também faz as drogas mais perigosas: Viciados compram cocaína e heroína altamente adulteradas e muitos usam seringas sujas para se injetar, espalhando HIV. Os mais perdidos que sucumbem para o crack ou crystal meth estão fora da lei, com apenas seus contatos para pressioná-los.

A falha da guerra contra a droga fez com que muitos de seus mais bravos militantes, especialmente na Europa e América do Sul, a sugerir que o foco fosse mudando de prender pessoas à tratar como um problema de saúde pública e redução de danos (como encorajar viciados à usarem agulhas limpas). Essa abordagem colocaria mais ênfase em educação pública e no tratamento de viciados, e menos foco em lidar com fazendeiros que plantam coca e a punição de consumidores de drogas "leves" para uso pessoal. Isso seria um caminho na direção certa. Mas é improvável que seja bancado adequadamente, e não faz nada para acabar com o crime organizado.

A legalização não só acabaria com os bandidos; Ela transformaria as drogas em um problema de saúde pública ao invés de um problema criminal, que é como elas sempre deveriam ter sido tratadas. Governos iriam regular e taxar os produtos, e usar o dinheiro gerado (contando com os bilhões economizados nas antigas leis) para educar o público sobre o riscos de usar drogas e o tratamento para o vício. A venda de drogas para menores deveria permanecer banida. Drogas diferentes teriam taxações e regulações diferentes.

O medo vem em grandes partes da crença que mais pessoas usariam drogas se elas fossem legais. Essa crença pode estar errado. Não existe correlação entre a dureza das leis relacionadas à drogas e o consumo de drogas. Pessoas que vivem sob regimes duros (EUA e Inglaterra por exemplo) tomam mais drogas, não menos. Alguns dizem ser por questões culturais, mas mesmo em países similares leis pesadas fazem poucas diferenças: A Suécia tem leis pesadas enquanto a Noruega tem leis mais liberais e ambas tem a mesma taxa de vício. Ninguem sabe ao certo oque aconteceria, mas é dificil argumentar que um produto que se torna mais barato, mais seguro e mais facilmente disponível iria diminuir. É de comum acordo que o uso de drogas como um todo iria aumentar.


Provendo informação honesta sobre os danos à saude das diferentes drogas, e precificando elas de forma adequada, os governos podediam levar os consumidores à usarem as menos danosas. A proibição falhou em evitar que drogas fossem inventadas em qualquer laboratório. A legalização pode encorajar companhias legítimas de drogas a tentar melhorar a qualidade do que as pessoas usam. Os recursos ganhados em taxas e poupado ao não reprimir poderia ajudar os governos a garantir o tratamento de viciados - uma forma de tornar a legalização mais politicamente possível. A forma como países ricos lidaram com tabaco, taxando e regulando, foi extremamente eficaz.

* Uma aposta calculada ou outro século de falhas?

A Economist falou a primeira vez em legalização 20 anos atrás. Hoje em dia, a proibição parece ainda mais perigosa, principalmente para os mais pobres e fracos do mundo. A legalização não iria eliminar os gangsters completamente - assim como o álcool e os cigarros, existiriam taxas à evitar e regras à descumprir. Nem iria curar automaticamente estados falhos como o Afeganistão. Nossa solução é desengonçada, mas um século inteiro de falha completa justifica nossa tentativa.

O mito do bom governo


Por Lew Rockwell

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Um dos maiores e mais persistentes erros dos liberais clássicos é acreditar na existência de um "governo bom", um governo que faz "aquilo que se espera dele".

Não há nada que o estado possa fazer, e que a sociedade necessite que seja feito, que não possa ser feito pelo mercado de maneira melhor e mais eficiente. Há um outro ponto que é também bastante significativo: nenhum estado com poderes para fazer aquilo que seja supostamente necessário irá se restringir àquelas coisas. Ele irá se expandir o tanto quanto a opinião pública tolere (sendo que essa tolerância é bem elástica).

Algumas vezes essa idéia fica mais clara quando se observa, por exemplo, o trágico caso da China. O governo chinês está embarcando em uma aventura explosiva: ele planeja despejar $586 bilhões de dólares em "infraestrutura" durante os próximos dois anos. O motivo é o clássico pretexto keynesiano: o gasto é necessário para se estimular o investimento. De nada importa que esse truque jamais tenha funcionado em toda a história humana. Este é apenas um grande esquema de pilhagem, em que o setor privado é extorquido em benefício do Partido Comunista, que por sua vez irá utilizar esse dinheiro para revigorar seu poder.

Nenhum país conhece melhor os fracassos e a miséria trazidos por esse tipo de planejamento central do que a China. Todas as formas concebíveis de coletivismo já foram tentadas sobre essas pobres almas, e estima-se que mais de 70 milhões perderam suas vidas no curso dos insanos experimentos coletivistas implantados por Mao. Que esse novo plano esteja sendo legislado em nome de Lord Keynes ao invés de Karl Marx é irrelevante. Os efeitos são os mesmos: expandir o poder do estado e reduzir a liberdade do indivíduo.

A recuperação da China pós-comunista é um dos mais inspiradores relatos na história do desenvolvimento econômico. Um país que era uma sofrida e empobrecida terra de catástrofes modernizou-se em apenas 15 anos. O estado encolheu seu escopo de influência praticamente à revelia, enquanto o setor privado ia crescendo substancialmente. Mas esse não era o plano. Foi simplesmente o resultado prático da nova tolerância em relação à livre atividade econômica. O estado limitou-se a entrar em modo defensivo para manter seu poder e nada fez para impedir o agigantamento da iniciativa privada. O resultado foi glorioso.

Tenha sempre em mente esse ponto específico: a restauração da China como uma sociedade civilizada não se deu devido a algum planejamento central; ao contrário, deu-se por causa de sua ausência. O fato de o estado não ter intervindo trouxe a prosperidade. Novamente: não foi uma política específica ou uma nova constituição ou uma lei que fez a diferença. Não houve uma mudança voluntária da forma de governo; não houve uma troca de um governo de estilo comunista para um estado mínimo. Foi apenas porque o estado abandonou suas funções em decorrência da oposição e do desprezo do público, que a sociedade pôde prosperar.

Mas o estado jamais desapareceu. Apenas suas depredações é que se tornaram irregulares e imprevisíveis. Tivesse a história tomado um rumo melhor, o estado central teria se dissolvido completamente e a lei teria sido delegada aos níveis mais locais possíveis. Lamentavelmente para os chineses, o estado manteve sua velha estrutura, não obstante o setor privado tenha crescido constantemente. O estado ainda manteve o controle das grandes indústrias, como as siderúrgicas e as de energia, e, é claro, seguiu controlando o setor bancário.

O governo nunca se tornou bom (uma impossibilidade). Ele era e continua sendo terrível. Ele apenas se tornou menos ruim do que era porque passou a fazer menos. Mas todos os governos sempre ficam à espreita, aguardando ansiosamente uma crise. O terremoto do ano passado no sudoeste chinês forneceu uma ótima desculpa para mais intervenções. Porém não há pretexto maior para uma expansão estatal do que uma crise econômica - exceto, talvez, uma guerra. Na atual crise, as medidas econômicas adotadas pelos generais chineses certamente contam com o apoio dos "especialistas em economia" ocidentais, e a repulsiva reação americana ao seu próprio colapso econômico tem fornecido um péssimo modelo para o mundo. Pense nisso: o Partido Comunista Chinês está agora citando os EUA como sua principal fonte de inspiração para espoliar o setor privado e fortalecer seu próprio poder à custa do resto do país.

Os EUA, ao invés de serem o "farol da liberdade em um mundo obscuro" - como seus políticos gostam de aclamar, estão na verdade ajudando a apagar as luzes e a sustentar despotismos decrépitos. Esta é certamente uma das grandes ironias do atual momento político. Ao invés de ensinar a liberdade ao mundo, o recém-empossado poder executivo dos Estados Unidos está batizando várias formas de ditaduras. Só nos resta torcer para que haja algum país que não siga o exemplo.

Não há qualquer dúvida de que a gastança chinesa não irá melhorar o crescimento econômico. Ao contrário, irá extrair $586 bilhões do setor privado para gastar em prioridades políticas. Essa regra da ineficiência vale para qualquer lugar do mundo. Nunca se esqueça que governo algum possui riqueza própria para gastar. O dinheiro tem necessariamente de vir da tributação, da inflação monetária ou do endividamento crescente que terá de ser pago mais tarde. E as opções de gasto do governo serão sempre esbanjadoras em relação a como a sociedade utilizaria essa mesma riqueza. Ou seja: o dinheiro será desperdiçado.

Mas todo esse gasto não vai estimular investimentos? É possível, sim, que sejam criados pequenos bolsões de crescimento, mas estes serão temporários. Considerando-se que novos gastos provocam uma reação também gastadora de investidores e consumidores, tem-se apenas mais uma evidência de um uso não-econômico de recursos escassos. Se o dinheiro for utilizado para sustentar empresas insolventes, isso será particularmente ruim, uma vez que tal medida nada mais é do que uma tentativa de suprimir uma realidade de mercado, que já deixou claro que se trata de uma empresa ineficiente e que, por isso, deve quebrar. Qualquer tentativa de impedir isso será tão bem sucedida quanto tentar repelir a gravidade jogando coisas para cima.

A natureza do estado - e o âmago da razão de sua existência - é a convicção de que ele é uma entidade totalmente distinta e superior à sociedade, com a capacidade e o poder de corrigir falhas de mercado e orientar indivíduos para as decisões que ele, o estado, julga serem as melhores. Uma presunção de superioridade jaz no núcleo do estado, seja ele mínimo ou totalitário. Quem deve dizer quando e onde ele deve intervir? Esse é o ponto: se o estado é um ente superior e inerentemente mais sábio que a sociedade, com a clarividência para julgar o que está funcionando e o que não está funcionando, então o estado, e apenas ele, pode decidir quando se deve intervir em quê e como. Nesse cenário, não há mais qualquer possibilidade de liberdade e individualismo.

Nenhum governo é liberal por natureza, já dizia Ludwig von Mises. Essa é a grande lição que as pessoas que defendem um "governo limitado" jamais aprenderam. A partir do momento em que você dá ao governo qualquer função, ele irá presumir o direito monopolístico de policiar a própria conduta e, inevitavelmente, de abusar do poder. Isso vale tanto para a China quanto para qualquer país do "Ocidente Livre".

Foi a ciência econômica a primeira a descobrir a total incapacidade de o estado fazer quaisquer melhorias na ordem social. Mas o estado virou a ciência ao avesso para poder utilizar a economia como justificativa para pilhar e saquear com a desculpa de estar "estimulando o investimento". Todo ser pensante sabe que tirar dinheiro do setor produtivo para desperdiçá-lo com os parasitas do setor público não traz estímulo nem crescimento. É o equivalente a você utilizar um balde para tirar água da parte funda de uma piscina e despejá-la na parte rasa e dizer que o nível da água vai subir.

Todo e qualquer estímulo estatal, no final, acarreta diminuição da liberdade, confisco da propriedade e perda de prosperidade.

Keynes famosamente aclamou as políticas econômicas nazistas na introdução à edição alemã de seu pior livro, a Teoria Geral. Após um século de horrores, os homens livres da China e do mundo certamente merecem algo melhor.

domingo, 15 de março de 2009

Um contra-choque de ordem.




Assim começa a tirania.No fato de quão dificil é se lutar pela liberdade.
Os políticos tem sido históricamente muito competentes em conseguir cada vez mais poder para si mesmos e para seus protegidos.A cada nova agressão na liberdade, a cada nova investida autoritária, sempre havia uma justificativa, uma explicação que convencia boa parte da população.
Vale sempre lembrar, jamais houve um governo, por mais ditatorial e sanguinário que fosse, que não tivesse com ele boa parte da opinião publica.Governos não conseguem se manter sem razoavel apoio popular, o que não significa que sejam bons ou legítimos.
Para cada avanço em nossa liberdade há sempre uma ótima explicação.A lei seca é segundo os políticos necessária, pois ela ''salva vidas''.Cobrar impostos é necessário pois ''o Brasil é uma país desigual e precisamos de programas sociais''E sempre, não importa o tema, os políticos foram, com o consentimento da popualação, aumentando -ora vejam voces-o poder deles próprios sobre a população, ou seja, sobre nós.
O que nos leva a nosso pequeno e tirano prefeito carioca.
Agora não podemos mais estacionar nossos veículos sem medo.Não podemos mais-pasmem!-abrir côcos na beira da praia pois eles deixam sujeira, não podemos mais comprar cerveja na porta dos shows com quem desejamos comprar, não podemos mais viver sem fitas métricas para lá e para cá pois se avançarmos um centimetro ou outro na calçada da prefeitura nossos estabelecimentos-feitos com nosso dinheiro!-correm o risco de vir abaixo.
Políticos, claro, fazem isso quando podem.Reparem que Lula tem ao longo desses anos proposto suas piores medidas justamente nos momentos de mais alta popularidade.Eduardo Paes tambem se aproveita nesse momento de ter uma relação nova e ainda não desgastada com a mídia e a opinião pública.Aos poucos ele perderá força e as cadeiras voltarão para as calçadas do Leblon.
O que importa aqui é perceber que sempre as medidas deles têm justificativas.
-Meu irmão morreu por conta de um motorista alcolizado-poderia dizer um defensor da lei seca
-Minha rua está uma imundice devido aos restos de côco jogados pelos pedestres, diria um simpatizante do choque de ordem.
Nada na vida não tem consequências negativas.Tudo tem um custo.Para os libertários, o maior custo é dar aos políticos qualquer poder para decidir sobre a nossa vida.Pois se o cara da lanchonete da esquina vai pelos ares porque ''descumpriu o choque de ordem'' amanha o Eduardo Paes pode lançar um choque de bom gosto, achar que o nome da empresa onde eu trabalho é de mal gosto e eu perder meu emprego tambem.
Temos que dizer não ao choque de ordem.Não a qualquer afronta a nossa liberdade.Temos que dizer a Eduardo Paes que não daremos a ele nem um poder a mais do que ele ja conquistou.
Ou melhor que tudo isso, proponho um contra-golpe.Acordemos todos amanha inspirados para um novo choque de ordem.Um choque de ordem na classe política!
Nesse choque dos meus sonhos, nenhum político poderia propor nenhuma lei se não revogasse alguma ja vigente.Eles respoderiam pelas mesmas leis da iniciativa privada.Aos poucos os salários deles seriam reduzidos até chegar a zero( afinal se alguem quer se dedicar ao bem publico como eles tanto juram que se dedicam esse alguem não deveria ganhar por isso, pois política deveria ser um ato voluntário de se ajudar aos outros, e não uma carreira!).
Continuando em nosso choque, todos os bens dos políticos teriam que ser vigiados a todo momento, e agora vem a consequência mais importante de nosso choque, nós reduziríamos tanto o poder deles e a quantidade de dinheiro que eles movimentam, que mesmo que eles quisessem ser corruptos-reparem bem, mesmo que eles quisessem e não fossem fiscalizados!-ainda assim não teriam muito o que roubar, pois quando voce não movimenta lá muito dinheiro nem possui muito poder não há muita chance de conseguir praticar corrupção de qualquer forma, querendo ou não fazer isso.
Esse sim, meus amigos, seria um choque de ordem que esse pequeno e insensato libertário apoiaria.

sexta-feira, 6 de março de 2009

''Profecias de Marx''

Por Rodrigo Constantino

Está circulando na internet um suposto trecho de O Capital, escrito em 1867 por Karl Marx, onde ele teria feito uma previsão bastante precisa sobre a crise atual:

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".

Seria, de fato, impressionante a visão do autor dessa frase, se ela fosse verdadeira. Não é. Os marxistas sempre foram mestres na propaganda enganosa (vide União Soviética). Uma mentira repetida mil vezes acaba se tornando verdade. Nessa crença, entre tantas outras coisas, marxistas e nazistas se parecem muito. Goebbels poderia tranquilamente se passar por marxista nesse caso. E de fato, Hitler reconheceu que aprendeu muito com os métodos marxistas.

Reescrever a história sob uma lente marxista que distorce todos os fatos é uma tarefa comum para muitos “historiadores”. Mas dessa vez foram longe demais: inventaram algo que Marx jamais disse, e a coisa se espalhou como um vírus pela internet. Usaram a tecnologia capitalista para disseminar uma mentira contra o capitalismo, tentando resgatar em parte a imagem chamuscada do “guru” fracassado. Só que esqueceram que a mesma tecnologia ajuda bastante na tarefa de desmascarar tal mentira.

Afinal, O Capital é um livro que está em domínio público, e existem versões suas online. Qualquer um pode baixar um arquivo de PDF e ter acesso ao livro inteiro. E com um simples instrumento de busca, pode pesquisar nas centenas de páginas maçantes e confusas, qualquer termo, expressão ou passagem. Marx usa o termo tecnologia poucas vezes. Creio que o uso dessa expressão na frase inventada foi um erro dos criadores da farsa. Deu menos credibilidade e despertou desconfiança. Fora isso, não há nada no livro parecido com tal previsão. Que Marx achava que o capitalismo iria inexoravelmente ruir, todos sabem. Aliás, os marxistas vivem desde então cantando o fim do capitalismo em cada nova crise, apenas para verem seus sonhos macabros virarem pó uma vez mais. Mas Marx nunca chegou perto de fazer uma profecia tão certeira como essa inventada.

Mas os marxistas contaram com dois fatores que jogam a seu favor: a preguiça ou falta de tempo dos leitores; e a vontade de acreditar. Nem todos têm saco ou tempo para verificar se cada frase que recebem por email é mesmo verídica. A internet tem esse risco: propaga muita mentira. Além disso, muitos sentem uma incrível necessidade de crer no marxismo, no fim do capitalismo, num “mundo melhor possível”. A utopia socialista, que quando tentam implantar na prática vira um inferno, conquista muitos adeptos. A teoria de exploração do capital, por exemplo, é um bode expiatório perfeito para quem deseja jogar a culpa de seus fracassos nos outros. Segundo Böhm-Bawerk, “as massas não buscam a reflexão crítica: simplesmente, seguem suas próprias emoções”. Acreditam na teoria marxista sobre juros porque a teoria lhes agrada. O economista conclui: “Acreditariam nela mesmo que sua fundamentação fosse ainda pior do que é”.

Mas para a infelicidade dos marxistas mitomaníacos, existem alguns “neoliberais” chatos, com essa mania absurda de checar os fatos. E eis que a máscara caiu uma vez mais! Os marxistas terão que conviver com o desagradável fato de que seu “profeta” não acertou dessa vez, nem em qualquer outra. O marxismo é mesmo uma seita calcada em dogmas*. Basta aplicar a lógica para derrubar todos os mitos que ainda sustentam, não obstante tantos erros, o marxismo. Ao menos na América Latina, onde a idolatria ao fracasso tem um passado impressionante, e um futuro bastante promissor...

* O economista austríaco Schumpeter chamou o seu primeiro capítulo de Capitalism, Socialism and Democracy de “Marx The Prophet”. Eis o que ele escreve logo no começo: "In one important sense, Marxism is a religion. To the believer it presents, first, a system of ultimate ends that embody the meaning of life and are absolute standards by which to judge events and actions; and, secondly, a guide to those ends which implies a plan of salvation and the indication of the evil from which mankind, or a chosen section of mankind, is to be saved. We may specify still further: Marxist socialism also belongs to that subgroup which promises paradise on this side of the grave". Estou de pleno acordo. A seita marxista vende a promessa de paraíso terrestre, a salvação para a humanidade. E muitos acreditam nisso apenas porque desejam acreditar. É a necessidade dos crentes, não sua reflexão lógica, que aproxima tantos latino-americanos alienados do marxismo. E ao contrário da frase atribuída a Marx, essa de Schumpeter é verdadeira. Quem quiser, pode checar. Os “neoliberais” deixam essa tática pérfida de mentir compulsivamente para os marxistas mesmo...

terça-feira, 3 de março de 2009

Philanthropy and Its Enemies

Activists want to redistribute foundation wealth based on racial quotas.

Nonprofit leaders are reeling from the recent news that President Barack Obama's proposed budget would limit tax deductions on charitable contributions from wealthy Americans. But now the philanthropic world has something else to worry about. Today the National Committee for Responsive Philanthropy (NCRP), a research and advocacy group, will release a report offering "benchmarks to assess foundation performance." Its real aim is to push philanthropic organizations into ignoring donor intent and instead giving grants based on political considerations.

The committee is part of a rising tide of politicians and activists who are working to change the face of American philanthropy -- and not for the better.

The report, titled "Criteria for Philanthropy at its Best," advises foundations to "provide at least 50 percent of grant dollars to benefit lower-income communities, communities of color, and other marginalized groups, broadly defined." The committee looked at 809 of the largest foundations in the country, whose combined three-year grants totaled almost $15 billion, and concluded that the majority of foundations are "eschewing the needs of the most vulnerable in our society" by neglecting "marginalized groups."

Two years ago, an advocacy group in San Francisco called Greenlining began releasing similar reports. Greenlining's aim then was to pass legislation in California mandating that foundations report to the public the percentage of their dollars given to "minority-led" organizations and the percentage of their boards and staffs made up by racial and ethnic minorities. The legislation was dropped when several foundations promised to donate money to causes Greenlining favored.

Now Greenlining has put out reports in Florida, Pennsylvania and New York trying to shame foundations into distributing grants differently, as well as pressure them into recruiting more "diverse" board and staff members. The NCRP report picks up on this theme to suggest that foundation boards and staffs should include people with a "diversity of perspectives."

Earlier this year, the Council on Foundations, an umbrella organization for philanthropies, released a study called "Diversity and Inclusion: Lessons from the Field," in which the leaders of several foundations touted new steps they were taking to "embed diversity and inclusive practices" into their organizations. The head of the W.K. Kellogg Foundation, for example, wrote that his organization decided to "strive to be an anti-racist institution." Representatives of the Jessie Smith Noyes Foundation offered a head count of their board. The original donor, Charles Noyes, had chosen "family, friends and business associates as board members, all white with similar life experiences," they said, but now the foundation's board is 41% people of color and 71% female. The California Endowment bragged that it is giving money to Hispanics in Philanthropy and Funders for Lesbian and Gay Issues.

Does any of this have anything to do with effective giving? The National Committee for Responsive Philanthropy begins its report with the premise that a grant maker "best serves the public good by contributing to a strong participatory democracy that engages all communities."

Really? What about the foundations founded to save whales or cure heart disease? Do they need to contribute to a participatory democracy? And who decides if a foundation is giving to a "marginalized" community anyway? The idea, put forward in the report, that giving grants to "large cultural or educational institutions" doesn't benefit minorities is offensive. Black people don't go to museums? Hispanics don't go to college?

Looking at the recipients of some grants doesn't tell you anything about who the real beneficiaries are. The Thomas B. Fordham Foundation is devoted to reforming K-12 education. It gives plenty of grants to white men studying schools. But if these grants lead to real reforms, presumably the biggest winners will be racial minorities, who are most at the mercy of bad public education. Eric Osberg, vice president of Fordham, finds the idea behind the NCRP report "worrisome." He says, "We see ourselves serving all communities by advocating more school choice, higher standards and better teachers in the classroom."

Which brings us to another one of NCRP's recommendations -- that at least 25% of grant dollars be used for "advocacy, organizing and civic engagement to promote equity, opportunity and justice in our society."

This might be a worthy mission, but whose mission is it? Philanthropists give money to foundations with a particular cause in mind. And promoting "justice in our society" may not have anything to do with it. Indeed, foundations that redirect funding to match the NCRP criteria may have to violate donor intent in order to do so.

The best way for a donor to make sure that his money is given for the purposes he wants is to choose people for his board who agree with him. Whether these people are family members, co-religionists or old college buddies, what is important is that they share his philanthropic vision.

This seems to be of little importance to the folks at Greenlining, the Council on Foundations and the NCRP. The committee's report argues that "diverse groups make better decisions and that a minimum of five people are needed for a plurality of perspectives to reflect collective or social preferences." But foundations are not legislatures, and their purpose isn't to reflect the preferences of society as a whole.

This same coalition of groups has argued that because foundations are tax-exempt organizations, they should yield to pressure to serve public interests. But by this logic, the public has a right to tell you what to do with your house because you took a mortgage deduction on your income taxes last year.

If foundations are supposed to align their funding with public preferences, then why should they give grants at all? Why not just direct donor checks to the IRS? Indeed, if every foundation adhered to NCRP's recommendations, the world of philanthropy would look curiously monolithic. The diversity among foundations is not measurable by simplistic racial and gender head counts.

What makes Americans give billions each year is not pressure from activists or government mandates. It is a diversity of interests, freely chosen and passionately pursued.

Ms. Riley is the Journal's deputy Taste editor.

domingo, 1 de março de 2009

Por que o estado cresce? (E o que podemos fazer quanto a isso)

Por Lew Rockwell

leviathan.jpgApesar de toda a retórica política de que vão tirar o governo de cima de nossos ombros e de nossas carteiras, o leviatã a cada dia vai se tornando incontrolavelmente mais opressivo e mais dispendioso. E essa é uma tendência mundial. Independente de qual seja o partido no poder, em qualquer país, parece não haver limites para a tributação, para a gastança, para o endividamento, para a inflação monetária e para toda a intrusão estatal em nossas vidas. Nada disso é algo predestinado, inevitável, como todos os políticos querem nos fazer pensar; antes, é algo completamente reversível, desde que suas causas sejam compreendidas. Somente se entendermos as razões para o crescimento governamental é que teremos alguma chance de revertê-lo.

1. Grupos de Interesse

Há duas maneiras de uma pessoa ganhar a vida: voluntariamente através do processo de mercado ou coercivamente através do processo político. Os grupos de interesse que optam pelo último método aglomeram-se em torno do governo como moscas ao redor de uma lata de lixo. Esses trombadinhas com ternos Armani assaltam o Tesouro e manipulam o aparato regulatório governamental em benefício próprio. E os políticos, quase sem exceção, se mostram excepcionalmente contentes em ser parceiros dessa gente, porque assim garantem reeleições, mais dinheiro e mais poder.

Os grupos de interesse de maior êxito (1) têm um propósito bem definido e uma estratégia coerente; (2) têm uma disposição para direcionar muito dinheiro para seus esforços; (3) dependem fortemente da intervenção governamental, pois uma ligeira mudança nas regulamentações pode significar a diferença entre o sucesso e bancarrota total; (4) recebem polpudos e óbvios benefícios do governo, ao passo que o custo fica escondido e disperso por toda a economia; (5) possuem a suprema capacidade de revestir suas depredações em um manto de preocupação pelo bem-estar geral.

Os gastos assistencialistas, por exemplo, só vêm crescendo desde a década de 1980, tudo em nome da ajuda aos pobres. Mas o dinheiro vai em grande parte não para os pobres, que ficam com as migalhas, mas para aqueles grupos de interesse poderosos o suficiente para subornar e fazer lobby a favor da redistribuição. O dinheiro real vai é para os "pobristas" - os reais defensores da pobreza -, para os consultores, para as empreiteiras que constroem as moradias populares, para os funcionários de hospitais públicos, e principalmente para os próprios membros da burocracia que coordena todo o esquema. Os pobres são maldosa e intencionalmente transformados em uma subclasse perpétua, dependente do governo, para que alguns parasitas possam viver confortavelmente bem à custa de todo o resto da sociedade. Graças ao estado assistencialista, praticamente não há mais uma genuína mobilidade social. Os degraus mais baixos da escada foram retirados em nome da compaixão.

2. Permanência nos cargos

Liberais clássicos, como Thomas Jefferson, queriam que todo o aparato do governo fosse demitido de seus cargos após cada eleição, para impedir que alguns indivíduos se entrincheirassem perpetuamente na máquina. Contudo - e apesar de a democracia ter a idéia da renovação -, a maioria dos funcionários estatais se torna permanente, assim como os próprios políticos, constantemente reeleitos. Os auxiliares dos deputados também se tornaram perenes, sendo que as contratações não param de subir. Os trabalhadores do setor privado precisam trabalhar cada vez mais para sustentar toda essa mamata. Como Jefferson temia, criou-se uma classe que melhora de vida à medida que rouba a todos nós.

3. Burocracia

A burocracia é necessariamente ineficiente porque não opera dentro do sistema de lucros e prejuízos do mercado. Sem a pressão para economizar recursos, até mesmo os burocratas bem intencionados acabam gastando sobremaneira. E, é óbvio, a maioria dos burocratas não é bem intencionada. A sua única motivação é aumentar o próprio poder, a própria renda e os próprios benefícios, os quais eles ganham ao aumentarem o número de burocratas sob seu comando no organograma estatal e ao gastarem cada centavo que lhes é alocado. Se os burocratas de uma agência estatal gastarem menos do que lhes foi alocado, sua fatia no orçamento do ano seguinte pode ser cortada. Sendo assim, eles gastam seus recursos freneticamente até o fim do ano fiscal. E então essa agência - com a ajuda dos grupos de interesse afiliados a essa agência, em quem o dinheiro é gasto - vai correndo ao Congresso e ao presidente pedir mais dinheiro. E ambos, eleitos com a ajuda financeira desses grupos de interesses, autorizam um aumento orçamentário para esse importantíssimo serviço público que, coitado, estava sofrendo de insuficiência de fundos.

(Sempre me regozijei com essa idéia de "servidor público". Pode observar: "servidor público", curiosamente, é aquele sujeito que só anda de carro chique, trabalha em ambiente com ar condicionado e sequer tem qualquer contato com o "povo", embora seja o "povo" quem forçosamente lhe sustenta. Quando dizem que algo é "serviço público" pode saber que estão enfiando a mão no seu bolso para benefício próprio. Serviço público genuíno só pode ser encontrado na iniciativa privada. O verdadeiro servidor público é aquele sujeito que mantém sua loja de conveniências aberta 24 horas para que você possa tomar uma Coca diet às 3 da manhã. É aquele sujeito que abre sua padaria às 5 da manhã para que você possa comer algo ainda quente antes de ir trabalhar. É a rede de fast food a quem você recorre quando seu estômago está vazio e as opções se esgotaram. Isso, meus caros, é que é serviço público.)

4. Crises

O governo sempre cresce mais rapidamente durante crises, sejam elas guerras ou depressões. Uma crise é a desculpa perfeita para dar ao governo mais poder e dinheiro para "resolver" o problema, ao mesmo tempo em que o partido da situação paralisa a oposição. E isso vale para qualquer país do mundo. Isso ocorreu de modo mais patente nos EUA de 1929-1952, na Europa de 1920-1945, na China de Mao e no Japão até o fim da Segunda Guerra. Em 1987, o crash da bolsa permitiu à SEC (a CVM americana) adquirir mais poderes sobre os mercados, o que deu combustível à criação do Banco Central Europeu e, consequentemente, do euro. Isso, porém, não impediu a crise de 2001-2002, que criou a lei Sarbanes-Oxley, cuja função de regular ainda mais os mercados financeiros apenas pioraram as coisas. Com a recente crise financeira, totalmente causada pelo governo americano (que havia aprovado uma lei que obrigava os bancos a financiar mutuários sem qualquer comprovação de crédito - o decreto CRA) e por seu banco central (que manteve os juros artificialmente baixos, o que sempre estimula bolhas), uma nova rodada de regulamentações vem sendo criada, bem como conversas cada vez mais revigoradas sobre um banco central mundial. O professor Robert Higgs, em seu grande livro Crisis and Leviathan, mostra que o público sempre perde no final, pois é ele quem fica sobrecarregado com um governo ainda maior depois que a emergência acaba.

5. A mídia

Sempre nos dizem que a grande mídia é oposição ao governo, qualquer que seja ele - um mito muito útil para ambos. Na realidade, governo e mídia são aliados em todos os assuntos fundamentais. Tomando-se o exemplo para apenas uma área, a mídia sempre estimula a expansão estatal ao papaguear as declarações econômicas do governo: seja a última enganação declarada pelo Banco Central, ou sejam algumas alegações presidenciais sobre cortar gastos, toda a mídia nada mais é do que uma câmara de ressonância.

O governo, sendo a instituição dominante em nossa sociedade, utiliza a mídia como o fiel da balança que vai determinar quais os limites aceitáveis da opinião popular; e ele faz isso por meio dos interesses especiais que controlam grande parte da publicidade veiculada na mídia. Por exemplo, nada seria melhor para o país, e pior para a burocracia, do que a abolição do imposto de renda físico e jurídico, bem como a abolição do Banco Central. Mas tais idéias jeffersonianas são logo rotuladas de extremistas e indignas de consideração, graças ao conluio entre governo, mídia e grupos de interesse.

6. Intervencionismo

A economia de livre mercado é uma intrincada e cuidadosamente equilibrada rede de preços e trocas. Quando o governo intervém nesse conjunto com a desculpa de corrigir algum suposto problema, ele perturba esse equilíbrio, causando ainda mais problemas, o que consequentemente gera uma desculpa para mais intervenções. Ludwig von Mises chamou esse fenômeno de "a lógica do intervencionismo"; e é exatamente por isso que uma economia mista é inerentemente instável. Um sistema intervencionista estará sempre se movendo em direção a mais intervencionismo - socialismo/fascismo.

7. Idéias

Uma última razão por que o estado cresce ilimitadamente é a ausência de entendimento sobre o que é o livre mercado. As escolas e as universidades são dominadas por esquerdistas e intervencionistas de todos os tipos. Os livros-textos até que melhoraram, mas todos ainda pregam que o intervencionismo é necessário. E assim todo o público permanece ignorante dos males causados pelo estado.

Essas são apenas algumas das razões por que o estado continua crescendo. E como podemos nos opor a isso?

Primeiro, devemos expor todos os crimes do governo, rasgando o manto de mentiras sob o qual se escondem as reais intenções dos grupos de interesse. Da próxima vez que você ouvir alguém clamando por mais gastos assistencialistas, mostre como o assistencialismo destrói os pobres ao mesmo tempo em que enriquece os verdadeiros recebedores do assistencialismo - os grupos de interesse - às nossas custas e com o auxílio da coerção estatal. A verdadeira caridade só pode ser privada e voluntária, como bem sabe qualquer um que já lidou com o trabalho de igrejas e já comparou esse serviço com aquele realizado por assistentes sociais governamentais.

Segundo, devemos trabalhar em prol de mudanças radicais - como abolir programas e burocracias ao invés de simplesmente melhorá-los ou torná-los mais eficientes (embora de início possamos aceitar isso). Se o nosso lado começar condescendente, teremos ainda menos chance de obter melhoras marginais e estaremos tacitamente concordando com todo o sistema e sua base imoral de roubo e fraude.

Terceiro, devemos não só nos recusar a acreditar nas propagandas pró-governo, como também devemos solapá-las, refutá-las e arruína-las ao máximo perante terceiros, apoiando fontes alternativas de notícias e informações.

Quarto, devemos nos esforçar para colocar professores e alunos pró-livre mercado e pró-liberdade nas instituições de estudo superior, e tentar mobilizar as pessoas através de apelos de justiça e de eficiência econômica. Não há nada mais eficiente para incitar a ação do que atinar para o fato de que você está sendo roubado.

Para nós libertários, que compartilhamos da mesma crença de Lord Acton, a maior virtude política é a liberdade. A nossa visão é a de que a sociedade voluntária, em termos práticos e morais, é a melhor forma de sociedade possível, ao passo que o estado não passa de uma gangue de ladrões em larga escala. O estado pode fazer as mesmas coisas que, se feitas por indivíduos, seriam corretamente consideradas ilegais e criminosas. Só ele é capaz de fazê-las de forma a aparentar que é pelo bem comum e pelo interesse nacional (você sabe, todas aquelas expressões que as escolas públicas e a mídia nos ensinaram).

Em uma definição resumida, para nós libertários o estado não está acima das leis morais. O que é errado para um indivíduo em sua vida privada também é errado para o estado em toda a sua esfera. É errado roubar, mas o estado faz isso e chama de 'inflação' ou de 'tributação'; é errado escravizar, mas o estado faz isso e chama de 'serviço militar obrigatório'; é errado matar, mas o estado faz isso e chama de 'erro policial' ou de 'serviço de saúde inadequado' - ou, em caso de homicídio em massa, de 'guerra'.

O roubo, a escravidão e o homicídio são coisas imorais, sejam eles privados ou públicos. Difundir as idéias da liberdade, do livre mercado e de uma moeda forte, e denunciar, agitar e trabalhar contra os criminosos, é a nossa única chance de ter êxito. Os obstáculos são, obviamente, imensos. Mas temos um mundo a ganhar.

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Lew Rockwell é o presidente do Ludwig von Mises Institute, em Auburn, Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor do livro Speaking of Liberty.

O fracasso dos estímulos govrnamentais

Stimulation by Government

Mises Daily by | Posted on 2/27/2009 12:00:00 AM

Hourglass

The great failing of the Obama administration is that it is packed with people who show no apparent knowledge of the essential truths of liberal theory. That theory — which is the core of the American political contribution to, and the driving force of, modernity itself — is that freedom is the foundation of and the reason for social and economic flourishing. All evidence suggests they know nothing of this.

Obamites hold the opposite view, the one advanced by the pharaohs and emperors of old, all the way through the Talibans and Hugo Chavezes of our own time. It is the view that nothing is beyond the competence of the state and its great leader. Particularly in economic affairs, these people have a wildly inflated view of what the nation's chief executive can accomplish through sheer will.

Liberal theory teaches that one truism of government is that whatever it does, the results end up making the problem not better but worse. I'm thinking of the war on drugs, the war on poverty, the war on illiteracy, and the war on terror. So it is with the war on recession. Already it has given us a record of failure, not just for the most recent year but really dating back to the 1930s.

A hundred years ago, liberal theory warned against the central bank on grounds that it would create inflation and generate instability and political corruption. All that happened. Liberals warned against the attack on the gold standard in the 1930s, and were proven right again. So it was for Bretton Woods and also for Nixon's final creation of unbacked currency. They were right again.

But do Obamites learn from history? On the contrary, they are completely blind to it.

Intellectual failure is at the root of the problem. Note how the administration invokes economic theory in defense of its policy of wholesale national looting. In this case, bad economic theory works as a cover for acts of despotism. In the end, this is how the theoretical errors of J.M. Keynes end up having utility for governments.

But one aspect of this has not received enough comment. It concerns how the state is using the excuse of stimulus to help not society but itself. The state is certainly being stimulated here, but the private economy — the only real source of social wealth — is being drained in many ways.

The most direct way in which stimulus is helping the state is by transferring resources from the private economy to the state itself in a zero-sum game. From Moody's comes direct evidence. While the rest of the nation's economy is shrinking, the economy of Washington, DC, is growing at a 2.5% pace. Northern Virginia and suburban Maryland are sharing in the glee, as government gains at the expense of everything else.

One of the great lessons of liberal theory concerns the extraordinary capacity of free exchange to create wealth. Trading makes both parties better off. Saving makes resources available for investment. Investment creates jobs that yield more products for people to purchase. Through this mechanism, the West grew rich.

The economics of stimulus are not as complicated. They amount to taking from some and giving to others. There is no wealth creation at all. There is no magic "multiplier" to turn stones into bread. The economics of stimulus is value destroying, because property is pried loose from owners, who put it to socially useful purposes, and given to government so it can pass it out to friends.

This process is costly to overall wealth production — and most of those costs are unseen. We will never know what kind of real stimulus could have taken place had the property been left in private hands. What jobs might have been created, what investments might have been made, what kind of business expansions might have taken place? We will never know.

Phony stimulus can take the form of direct transfers of wealth, or it can take place through the creation of debt, which ends up smashing the value of the currency in which people keep their savings. This introduces economic chaos that no one can control once it begins. The private sector is diminished.

The public sector, on the other hand, thrives on the unjust loot. The money it gets amounts to a direct infusion. How much of the stimulus helps the public sector? If you consider the private companies that are receiving public aid, it is 100%, as formerly capitalist enterprises are nationalized through the back door. Yet because private companies are getting the money, Obama believes he has bragging rights!

This phony stimulus seriously skews the job market as well, as people turn away from private-sector employment and look to government to provide no-risk employment. Really, this stimulus plan amounts to turning the hourglass upside down.

Bernanke is warning us that we are in a severe contraction right now, but the warning applies not to him or the rest of the public sector. They are all quite gleefully expanding, actually.

$18

Government stands to win, while the rest of us will lose. Even if it had the perfect cure for recession, government has no incentive to implement it. Its prescriptions for the ailing economy are no different from the rest of the public sector, which serves itself at everyone's expense.

Indeed, government loves economic downturns. For decades, the private economy has been outrunning government. The private sector has taken over most of the command posts in society, from security to communications to all forms of technological progress. This has annoyed the state to no end. Now is the time for reprisal.

Economic depression is good for the state. Even if the state knew how to end it, why would we suppose that it has the incentive to do so?

Forty centuries of wages and price controls

Wage and Price Controls in the Ancient World

Mises Daily by | Posted on 2/27/2009 12:00:00 AM


Ancient Price Controls

From the earliest times, from the very inception of organized government, rulers and their officials have attempted, with varying degrees of success, to "control" their economies. The notion that there is a "just" or "fair" price for a certain commodity, a price which can and ought to be enforced by government, is apparently coterminous with civilization.

For the past forty-six centuries (at least) governments all over the world have tried to fix wages and prices from time to time. When their efforts failed, as they usually did, governments then put the blame on the wickedness and dishonesty of their subjects, rather than upon the ineffectiveness of the official policy. The same tendencies remain today.

The passion for economic planning, as Professor John Jewkes has cogently pointed out,[1] is perennial. Centralized planning regularly appears in every generation, and is just as readily discarded after several years of fruitless experimentation, only to rise again on a subsequent occasion. Grandiose plans for regulating investment, wages, prices, and production are usually unveiled with great fanfare and high hopes. As reality forces its way in, however, the plans are modified in the initial stages, then modified a little more, then drastically altered, then finally allowed to vanish quietly and unmourned. Human nature being what it is, every other decade or so the same old plans are dusted off, perhaps given a new name, and the process is begun anew.

In the Land of the Nile

"Egyptian workers during this period suffered badly from the abuses of the state intervention of the economy…"

In the ancient world, of course, authority over the most important economic commodity, foodstuffs, was power indeed. "The man, or class of men, who controls the supply of essential foods is in possession of the supreme power. The safeguarding of the food supply has therefore been the concern of governments since they have been in existence," wrote Mary Lacy in 1922.[2] And as far back as the fifth dynasty in Egypt, generally dated about 2830 BC or earlier, the nomarch Henku had inscribed on his tomb, "I was lord and overseer of southern grain in this nome."

For centuries the Egyptian government strived to maintain control of the grain crop, knowing that control of food is control of lives. Using the pretext of preventing famine, the government gradually regulated more and more of the granaries; regulation led to direction and finally to outright ownership; land became the property of the monarch and was rented from him by the agricultural class.[3]

Under the Lagid dynasty (founded by Ptolemy I Soter in 306 BC) "there was a real omnipresence of the state…. The state … intervened by employing widely all its public law prerogatives … all prices were fixed by fiat at all levels."[4]

According to the French historian, Jean-Philippe Levy,

Control took on frightening proportions. There was a whole army of inspectors. There was nothing but inventories, censuses of men and animals … estimations of harvests to come…. In villages, when farmers who were disgusted with all these vexations ran away, those who remained were responsible for absentees' production… [one of the first effects of harsh price controls on farm goods is the abandonment of farms and the consequent fall in the supplies of food]. The pressure [the inspectors] applied extended, in case of need, to cruelty and torture.[5]

Egyptian workers during this period suffered badly from the abuses of the state intervention of the economy, especially from the "bronze law," an economic theory which maintained that wages could never go above the bare necessities for keeping workers alive.[6] The controls on wages set by the government reflected the prevailing economic doctrine.

"After a period of brilliance," Levy concludes,

Egyptian economy collapsed at the end of the third century BC, as did her political stability. The financial crisis was a permanency. Money was devalued. Alexandria's commerce declined. Workers, disgusted by the conditions imposed on them, left their lands and disappeared into the country.[7]

Sumeria

In his very instructive work, Must History Repeat Itself? Antony Fisher[8] calls our attention to a king of Sumeria,[9] Urukagina of Lagash, whose reign began about 2350 BC. Urukagina, from the scanty records that have come down to us, was apparently a precursor of Ludwig Erhard, who began his rule by ending the burdens of excessive government regulations over the economy, including controls on wages and prices.

A historian of this period tells us that from Urukagina

we have one of the most precious and revealing documents in the history of man and his perennial and unrelenting struggle for freedom from tyranny and oppression.

Ama-gi
Ama-gi is an ancient Sumerian word (also spelled ama-ar-gi) thought to denote "freedom" or "liberty."

This document records a sweeping reform of a whole series of prevalent abuses, most of which could be traced to a ubiquitous and obnoxious bureaucracy … it is in this document that we find the word "freedom" used for the first time in man's recorded history; the word is amargi, which … means literally "return to the mother" … we still do not know why this figure of speech came to be used for "freedom."[10]

Babylon

In Babylon, some forty centuries ago, the Code of Hammurabi, the first of the great written law codes, imposed a rigid system of controls over wages and prices. Remembering the somewhat limited nature of the ancient economies (particularly those as ancient as the Babylonian), it is interesting to note the extent of wage controls imposed by the Hammurabi Code and the explicit way in which they are recorded. A few of the Articles of the Code (the complete statutes on wages and prices will be found in Appendix A) will suffice to illustrate this:[11]

  1. If a man hire a field-laborer, he shall give him eight gur of corn per annum.

  2. If a man hire a herdsman, he shall give him six gur of corn per annum.

  1. If a man hire a pasturer for cattle and sheep, he shall give him eight gur of corn per annum.

  1. If a man has hired an ox for threshing, twenty qa of corn is its hire.

  2. If an ass has been hired for threshing, ten qa of corn is its hire.

  3. If a young animal has been hired for threshing, one qa of corn is its hire.

  4. If a man hire cattle, wagon, and driver, he shall give 180 qa of corn per diem.

  5. If a man has hired a wagon by itself, he shall give forty qa of corn per diem.

  6. If a man hire a workman, then from the beginning of the year until the fifth month he shall give six grains of silver per diem. From the sixth month until the end of the year he shall give five grains of silver per diem.

  7. If a man hire a son of the people,

    Pay of a potter
    five grains of silver,
    Pay of a tailor
    five grains of silver,
    Pay of a carpenter
    four grains of silver,
    Pay of a rope maker
    four grains of silver,
    he shall give per diem.

  8. If a man hire a [illegible], her hire is three grains of silver per diem.

  9. If a man hire a makhirtu, he shall give two and a half grains of silver per diem for her hire.

  10. If a man hire a sixty-ton boat, he shall give a sixth part of a shekel of silver per diem for her hire.[12]

It is arguable that these controls blanketed Babylonian production and distribution, and smothered economic progress in the empire, possibly for many centuries.[13]

Certainly the historical records show a decline in trade in the reign of Hammurabi and his successors. This was partly due to wage and price controls and partly due to the influence of a strong central government, which intervened in most economic affairs in general. W.F. Leemans describes the recession as follows:

Prominent and wealthy tamkaru (merchants) were no longer found in Hammurabi's reign. Moreover, only a few tamkaru are known from Hammurabi's time and afterwards … all … evidently minor tradesmen and money-lenders.[14]

In other words, it appears that the very people who were supposed to benefit from the Hammurabi wage and price restrictions were driven out of the market by those and other statutes.

The trade restrictions laid down by "Hammurabi, the protecting king … the monarch who towers above the kings of the cities…" as he called himself, were, to some extent, built upon the foundations of the social system developed under his predecessor, Rim-Sin. There was a remarkable change in the fortunes of the people of Nippur and Isin and the other ancient towns that he ruled, which came in the middle of Rim-Sin's reign. The beginning of the economic decline corresponds exactly with a series of "reforms" inaugurated by him. It appears that the noble monarch, after a series of impressive military victories, succeeded in having himself worshipped as a god, and henceforth took more political and economic power for his own administration and broke the influence of wealthy and influential traders. Thence, the number of timkaru and wealthy men mentioned in the extant documents declines markedly. The number of property transactions for which records exist also diminishes. The number of administrative documents, which today we would call bureaucratic paperwork, simultaneously increases at a precipitous rate.[15]

The Other Side Of The World

On the other side of the world, the rulers of ancient China shared the same paternalistic philosophy that was found among the Egyptians and Babylonians and would later be shared by the Greeks and Romans. In his study, The Economic Principles of Confucius and His School, the Chinese scholar, Dr. Huan-chang Chen, states that the economic doctrines of Confucius held that "government interference is necessary for economic life and competition should be reduced to a minimum."[16]

The Official System of Chou, for instance, was a handbook of government regulations for the use of mandarins of the Chou dynasty under which Confucius (born 552 BC) lived. According to Dr. Chen, there was detailed regulation of commercial life and prices were "controlled by the government." There was a large bureaucracy entrusted with this task; Dr. Chen relates that there was a master of merchants for every twenty shops and his duty was to establish the price of each item sold according to the cost. "When there is any natural calamity," he writes, "the merchants are not allowed to raise their price; for example, during a famine grain should be sold at the natural price [that is, at the price believed to be "natural" by the government] and during a great epidemic coffins should be sold in the same way. "[17]

"Chinese economists of eight centuries ago were fully aware then of a law of economics that many political leaders have not learned to this day."

The officials of the ancient Chinese empire expected to do what members of their class have perennially attempted before and since: replace the natural laws of supply and demand with their own judgment, allegedly superior, of what the proper supply and demand ought to be. According to the official system of Chou (about 1122 BC), a superintendent of grain was appointed whose job was to survey the fields and determine the amount of grain to be collected or issued, in accordance with the condition of the crop, fulfilling the deficit of the demand and adjusting the supply. Indeed, lengthy economic "textbooks" on the subject of sensible grain management still exist from that time.

Dr. Chen comments laconically on this system in a footnote: "In modern times this policy has been changed to the opposite. During a famine, the price of grain is raised to induce merchants to bring in more grain."[18]

The regulations cited above, according to Dr. Chen, "were the actual rules under the Chou dynasty. In fact, in the classical time, the government did interfere with the commercial life very minutely."[19]

However, the results were not very favorable. "According to history," Dr. Chen notes, "whenever the government adopted any minute measure, it failed, with few exceptions … since the Ch'in dynasty (221–206 BC), the government of modern China has not controlled the economic life of the people as did the government of ancient China."[20] Apparently, the Chinese mandarins did learn from experience.

Even in the classical period of Chinese history, however, there were a number of perceptive economists who saw the futility of government regulation of prices as a means of controlling inflation. In fact, they placed the blame for high prices squarely on the shoulders of the government itself. The economist Yeh Shih (AD 1150–1223), for instance, anticipated by several centuries the principle known as Gresham's law in the West.

"The men who do not inquire into the fundamental cause," he wrote, "simply think that paper should be used when money is scarce. But as soon as paper is employed, money becomes still less. Therefore, it is not only that the sufficiency of goods cannot be seen, but also that the sufficiency of money cannot be seen."[21]

Another economist of about the same time, Yuan Hsieh (AD 1223), saw the principle even more clearly:

Now, the officials are anxious to increase wealth, and want to put both iron money and copper money in circulation. If money were suddenly made abundant during a period of scarcity, it should be very good. But the fact never can be so. Formerly, because the paper money was too much, the copper money became less. If we now add the iron money to it, should not the copper money but become still less? Formerly, because the paper money was too much, the price of commodities was dear. If we now add the iron money to the market, would the price not become still dearer? … When we look over the different provinces, the general facts are these. Where paper and money are both employed, paper is super-abundant, but money is always insufficient. Where the copper money is the only currency without any other money, money is usually abundant. Therefore, we know that the paper can only injure the copper money, but not help its insufficiency.[22]

Looking back at what we know to be the ineffectual history of government attempts to control inflation by regulating prices and wages, it is clear that these two Chinese economists of eight centuries ago were fully aware then of a law of economics that many political leaders have not learned to this day.

Ancient India

A renowned Indian political philosopher known as Kautilya and sometimes as Vishnugupta was an influential kingmaker who put the great Maurya Chandragupta on the throne in 321 BC He wrote the Arthasastra, the most famous of the ancient Indian "handbooks for princes" as a guide to Chandragupta and other rulers; this collection of essays on the art of statesmanship contains much wise and perceptive advice.[23] However, like most government officials of his time and since, Kautilya could not forbear the practice of trying to regulate the economy on the lines he thought best.

In a chapter entitled "Protection Against Merchants," Kautilya outlined in some detail how the grain trade should be regulated and the levels of prices that merchants should be allowed to charge:

[A]uthorized persons alone … shall collect grains and other merchandise. Collections of such things without permission shall be confiscated by the superintendent of commerce.

Hence shall merchants be favorably disposed towards the people in selling grains and other commodities.

The superintendent of commerce shall fix a profit of five percent over and above the fixed price of local commodities, and ten per cent on foreign produce. Merchants who enhance the price or realize profit even to the extent of half a pana more than the above in the sale or purchase of commodities shall be punished with a fine of from five panas in case of realizing 100 panas up to 200 panas.

Fines for greater enhancement shall be proportionally increased.[24]

In a chapter entitled "Protection Against Artisans," Kautilya explains the "just" wages for a number of occupations, ranging from musicians to scavengers and concludes by saying, "Wages for the works of other kinds of artisans shall be similarly determined."[25]

Kautilya also recommends the appointment of government superintendents for a wide variety of economic activities, such as slaughterhouses, liquor supplies, agriculture and even ladies of the evening. For instance, there is a provision that states that "[t]he superintendent shall determine the earnings … expenditure, and future earnings of every prostitute." There is a footnote for guidance which states very clearly that "[b]eauty and accomplishments must be the sole consideration in the selection of a prostitute."[26]

It is not known exactly how these price and wage regulations worked out in practice, but it would not be unreasonable to suppose that the end results were similar to what happened in Egypt, Babylon, Sumeria, China, Greece and other civilizations.

Ancient Greece

"Despite the penalty of death, which the harassed government did not hesitate to inflict, the laws controlling the grain trade were almost impossible to enforce."

Moving across another continent, we find that the Greeks behaved in just the same way. Xenophon tells us that in Athens, a knowledge of the grain business was considered one of the qualities of a statesman.[27] As a populous city-state with a small hinterland, Athens was constantly short of grain, at least half of which had to be imported from overseas. There was, needless to say, a natural tendency for the price of grain to rise when it was in short supply and to fall when there was an abundance. An army of grain inspectors, who were called Sitophylakes, was appointed for the purpose of setting the price of grain at a level the Athenian government thought to be just. It was a Golden Age consumer-protection agency (of unusually large size for the period) whose duties were defined by Aristotle as

to see to it first that the grain was sold in the market at a just price, that the millers sold meal in proportion to the price of barley, that the bakers sold bread in proportion to the price of wheat, that the bread had the weight they had fixed.[28]

The professor of ancient history at the University of Cambridge, M.I. Finley, comments in his recent study, The Ancient Economy, that

[j]ust price was a medieval concept, not an ancient one, and this interference by the state, altogether exceptional in its permanence, is a sufficient measure of the urgency of the food problem. And when this and all the other legislative measures I have mentioned on other occasions failed, the state, as a last recourse, appointed officials called sitonai, corn-buyers, who sought supplies wherever they could find them, raised public subscriptions for the necessary funds, introduced price reductions and rationing.[29]

The result was as might be expected: failure. Despite the penalty of death, which the harassed government did not hesitate to inflict, the laws controlling the grain trade were almost impossible to enforce. We have a surviving oration from at least one of the frustrated Athenian politicians who implored a jury to put the offending merchants to death:

But it is necessary, gentlemen of the Jury, to chastise them not only for the sake of the past, but also as an example for the future; for as things now are, they will hardly be endurable in the future. And consider that in consequence of this vocation, very many have already stood trial for their lives; and so great are the emoluments which they are able to derive from it that they prefer to risk their life every day, rather than cease to draw from you, the public, their improper profits…. If then, you shall condemn them, you shall act justly and you will buy grain cheaper; otherwise, the price will be much more.[30]

But Lysias was not the first and he was hardly the last politician to court popularity by promising the people lower prices in times of scarcity if only they would put an occasional merchant to the sword. The Athenian government, in fact, went so far as to execute its own inspectors when their price-enforcing zeal flagged. Despite the high mortality rates for merchants and bureaucrats alike, the price of grain continued to rise when supplies were short and continued to fall when supply was plentiful.

Regulatory agencies have had the same problems from time immemorial.

T.F. Carney, in his informative book The Economics of Antiquity, has described the rise and the economic effect of ancient regulatory agencies in the following terms:

If a government and its key bureaucratic institutions can create a favourable environment for business, by the same token they can also do the reverse. Historically, economic development has been associated with public instrumentalities….

Bureaucrats [in the ancient world] were officials, with a punishment orientation towards their subject populations…. The government bureaucracy was regulative and extractive, not developmental. Originating in a scribal culture, it always tended to favour a mandarinate of literary generalists. There were no forces to countervail against it. Neither corporations, legislatures, nor political parties were yet in existence. In most cases, most of any society's tiny elite went into the apparatus of government. This government served an autocrat whose word was law. So there could be no constitutional safeguards for businessmen or against that apparatus….[31]

And there is another way in which such ancient regulatory efforts show great parallels with contemporary ones. The sitonai were originally intended to be temporary, but as shortages arose from time to time (in no way abated by their work) there was a growing desire to keep them as permanent officials.

If all else failed, Athenian colonial policy made it convenient enough to get rid of surplus citizens whom the regulated economy could not sustain. Some cynics might ask why some present-day economists have not thought of this solution to the commodity scarcities which inevitably follow upon price controls.[32]