sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Não existem grupos, existem pessoas





Na vida, uma das poucas vantagens de lembrar das coisas ruins é usa-las como molde para que nunca se repitam.
O holocausto, neste ponto cumpre uma função, toda vez que é lembrado e lamentado.Nós todos repetimos que nunca mais deixaremos algo assim ocorrer.
Em primeiro lugar, nunca é demais lembrar, o holocausto a que foram expostos judeus, homossexuais e ciganos na Alemanha nas décadas de 30 e 40 do século passado não foi o pior nem o maior massacre ocorrido nos ultimos 100 anos.Coisas ainda mais terríveis foram feitas na Africa e em partes da Asia.Um lobby mais eficiente e o fato de o desastre ter ocorrido na Europa fazem porém que o holocausto seja até mais lembrado.
Acho que esses 70 anos nos fazem refletir sobre coisas importantes.
A primeira delas: o perigo de políticos populistas e carísmáticos que tentam convencer o povo de que a culpa dos males é um imigo externo.Governos são sempre perigosos, especialmente os governos mais presentes e autoritários.Não por acaso Hitler era o lider do povo alemão, o equivalente alemão ao que no caso do Brasil seria o presidente.E mais: ele era um lider democraticamente eleito, o que sempre nos lembra que a democracia é muito mais do que uma ditadura da maioria.Ela é respeito as diferenças, e sobretudo tolerância.É importante lembrar disso uma época em que tantos perseguem homossexuais dizendo que estes são ''minoria''.
Não por acaso, o partido de Hitler se auto-intitulava ''socialista''.Hitler sempre odiou a democracia, classificando-a de decadente, e mostraza especial ogeriza ao conceito de individualismo que a America sempre venerou.Ele acreditava em uma raça, a ariana.Ele acreditava na superioridade dos arianos sobre os não arianos, como negros e judeus.
É aqui que nós libertários nos diferenciamos.Nós simplesmente não acreditamos em grupos.Não damos mais ou menos valor a alguem por ser negro, judeu, muçulmano, brasileiro, católico, ou qualquer outra classificação.Simplesmente existem pessoas.Eu posso gostar mais de alguem da Indonésia que do meu vizinho.Posso ser branco e me identificar muito mais com a música de Miles Davis, que foi um negro, do que com a de Briney Spears, que é branca.
Ninguem vale a priori mais ou menos que ninguem.O ser humano não tem raças.
Por isso acreditamos na liberdade.Quando se vai até o extremo maximo da individualidade, que é o libertarismo, simplesmente não existem mais católicos, judeus, negros, ou qualquer outra classificação.Existem apenas pessoas.
Claro, cada pessoa é livre para ter orgulho de possuir qualquer característica ou decendência que ela tiver, desde que com isso não procure tirar vantagens para si e intefira na liberdade dos demais.
Quando Hitler proibiu casamento de judeus com não judeus, os não-judeus tambem foram prejudicados em sua liberdade de contratar.Hoje alguns judeus e alguns negros torcem o nariz para o movimento libertário pois nós não somos a favor de privilégios e distinções para nenhum dos lados: sem leis que priorizem ninguem.Sem cotas, sem privilégios.Que nossa sociedade se importe apenas com o mérito individual, que ela seja tolerante.
Que no futuro não pensemos mais em grupos, que sejamos apenas pessoas

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