sexta-feira, 30 de abril de 2010

Arizona should not be ''the hate state''

A America não é perfeita, obviamente.Mas sua vantagem sempre foi ser mais aberta peara o mundo que resto.Causam preocupação algumas iniciativas como a recente lei anti-imigrantes e comunidades no Facebook que exigem uma certa pureza de linguas e costumes http://www.facebook.com/home.php?#!/pages/This-is-OUR-country-YOU-learn-OUR-language-/322803270777?ref=search&sid=712848148.3505971621..1

Ora, moro no Rio de Janeiro.Convido qualquer americano a vir morar aqui, por qualquer razão que seja ( eles não vêm porque não sao burros).Mas enfim, existem uns poucos americanos por aqui, que vieram por motivos de trabalho, porque se apaixonaram por um brasileiro, entre outras razões.Ora, obviamente eles são livres para falarem na lingua que quiserem.Não estão interferindo na liberdade alheia.E obviamente podem se comunicar com seus amigos e familiares, no Rio ou em qualquer outro lugar, do modo que quiserem.O mesmo vale para o território americano.Porque familias hispanicas nao podem estudar em escolar hispanicas?Porque não podem ler em jornais hispanicos.Um território é apenas um território.Não pertence a ninguem.A America é de fato o melhor país do mundo justamente porque lá menos pessoas pensam desta forma que em outros lugares.Hitler foi ao extremo, como todos sabemos.Mas em maior e menor grau, todos os paises do mundo são intolerantes.No brasil essa intolerancia se dá principalmente por leis economicas discriminatorias que proibem brasileiros a comprar mercadorias e fazer negocios com quem queiram.Isso, claro sem falar da diplomacia do governo Lula que...deixa pra lá..

O direito de usar a burka é sagrado



'' A Burka é um símbolo de opressão e seu uso não é bem vindo na França''
(Nicholas Sarkosy)

-Proibida construção de minarretos na Suiça, decidida em plebiiscito

-Parlamento belga vota por proibição de Burka, que era usada por uma ínfima minoria de seus 400.000 imigrantes islãmicos


Ninguem é obrigado a gostar de uma cultura.O problema começa quando uma sociedade não é aberta o suficiente para entender que como se comportar (desde que não se atinja a liberdade alheia), como se vestir e no que acreditar é um direito sagrado pessoal.
Uma sociedade aberta acaba se beneficiando de todos os seus imigrantes.Todos, desde de que não cometam crimes e nao combatam a liberdade alheia deveriam ser acolhidos.A maioria traz progresso ao país que os acolhe.A américa, que ha tanto tempo se beneficia de ser o ''hub do mundo'' como bem descreveu a The Economist, andou muito mal quando a Arizona aprovou uma lei racista e intolerante, que permite a polícia inspecionar e tentar detectar imigrantes ilegais.Ora é estatismo querer impedir alguem de entrar por ser de fora.Aliás, na América, todos vieram de fora um dia, a não ser os índios.Porque então os portões precisam se fechar justamente agora que vocês já estão do lado de dentro?

sábado, 24 de abril de 2010

O feminismo é inimigo do libertarismo


É sabiado e esperado ha algumas décadas que um dia a Pílula Anticoncepcional masculina um dia chegaria.Após anos de testes, parece que este dia finalmente está chegando.Por mais escandaloso que possa parecer, muitas feministas têm feito lobby e pressão contra laboratórios e no governo contra o surgimento da pílula masculina. Aqui vai um post de exemplo: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2006/apr/28/malepillwomensloss
Os argumentos são complementamente malucos: elas dizem basicamente que como o homem não sofre as mesmas consequências da mulher, por nao ficar gravido, o incentivo dos homens seria menor para tomar a pílula e alem do mais eles não sao muito confiáveis mesmo.A feminista colunista (pasmem!) do jornal inglês Guardian vai alem e diz que a pílula é contra o interesse feminino porque tira das mulheres o comando da reprodução e fará com que muitas mulheres não tenham filhos, uma vez que os respectivos maridos terão como evita-los.
Vamos aos argumentos: em primeiro lugar, ninguem está exigindo que as mulheres parem de tomar suas pílulas.A pílula masculina pode alem de tudo ser um back up e dessa forma reduzir em muito as chances de uma concepção nao desejada pela casal.Se uma mulher nao confia em seu parceiro, ótimo, que ela continue a tomar a pilula.Mas a pilula masculina é fantastica por dar a metade da população do planeta um direito básico que até então vinha lhe sendo negado> o direito a decidir sobre sua própria reprodução.
Alem do mais, imaginar que todo homem so poderá ser pai quando enganado pela própria mulher é ofensivo contra as mulheres e péssimo para as crianças, pois para os filhos é fundamental saber que voce foi desejado por ambos os pais.Nao existe simplesmente nenhum argumento razoavel contra a pílula masculina.
Enquanto isso, como diria Ron Paul, o libertarismo é o fim supremo de todos os preconceitos ( sexismo, racismo, homofobia) porque ve apenas pessoas e não grupos ou generos.
Assim, libertarios sao contra leis discriminatorias.Entre elas podemos listas: cotas raciais, mas tambem leis como aposentadoria em idade menos avançada para mulheres (absurdamente, elas vivem mais, então se fosse para alguem se aposentar mais cedo seria os homens.Mas claro, o certo seria em que, havendo aposentadoria publica, algo que os libertarios ja nao concordam, que se desse na mesma idade)
No judiciario tambem se observam penas menores para mulheres por crimes iguais.Já a tão comentada questão da diferença dos salarios, nada mais é que um fato economico: como as mulheres engravidam, é puramente racional um empregador pagar menos para uma mulher, diante de qualificações iguais.Aliás, tambem é um fato economico cobrar menos de mulheres em restaurantes e boates: como elas comem menos e dispoêm de menos renda, elas dão menos gastos ao estabelecimento no primeiro caso e exibem menor demanda no segundo.Ora, se salarios iguais fossem corretos, tambem seriam a proibição de preços diferenciados para homens e mulheres.Melhor deixar cada dono de empresa ou estabelecimento decidir o que é melhor.
Aliás, por favor, nao tentem copiar no Brasil exemplos de quotas femininas em boards de empresas ou na politica.( o Brasil costuma se veloz para copiar maus exemplos e incrivelmente lento para copiar os bons)
Enfim, libertarismo é igualdade de todos perante a lei, nao importanto( mesmo!!) entre sexo cor e raça, e não tentando desfazer via lei principios economicos ou da natureza.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um novo inimigo





Após ameaça, episódio da série 'South Park' é censurado


Maomé vestido de ursinho de pelúcia em 'South Park' - Reprodução
Retirado da Agência Reuters

LOS ANGELES - A série de animação "South Park" eliminou as palavras do profeta Maomé de seu episódio de quarta-feira na TV americana e inseriu na apresentação a palavra "CENSURADO", depois de ter recebido uma dura advertência de um grupo muçulmano dos Estados Unidos.

O programa irreverente do canal Comedy Central também substituiu uma imagem controversa vista na semana passada do profeta Maomé em uma fantasia de urso por uma de Papai Noel usando o mesmo traje ( Clique aqui e assista ao episódio, em inglês) .

Não ficou imediatamente claro se a decisão foi uma tentativa de agir com cuidado depois da advertência contra os criadores de "South Park" ou se eles estavam fazendo piada com a confusão.

O pouco conhecido grupo RevolutionMuslim.com colocou no começo da semana uma mensagem em seu site na internet alertando os criadores Matt Stone e Trey Parker "que o que eles estão fazendo é estúpido e eles vão provavelmente terminar como Theo Van Gogh por levar esse programa ao ar".

O site colocou uma foto chocante de Van Gogh, cineasta holandês morto em 2004 por um militante islâmico por causa de um filme que ele havia feito, o qual acusava o Islã de fechar os olhos para a violência contra as mulheres. Também postou um link para um artigo de imprensa com detalhes de uma mansão no colorado, aparentemente de propriedade de Parker e Stone.

A maioria dos muçulmanos considera qualquer representação de Maomé, fundador do islamismo, como ofensiva.

A advertência do website surgiu depois do primeiro de um total de dois episódios de "South Park", exibido uma semana atrás, no qual Maomé é apresentado numa fantasia de urso. "South Park" costuma fazer críticas mordazes a políticos, celebridades e a mídia.

No episódio de quarta-feira, Jesus Cristo foi mostrado assistindo a pornografia e Buda, aspirando cocaína. O líder do grupo Revolution Muslim, Younus, Abdullah Muhammad, de 30 anos, defendeu a mensagem colocada por seu grupo na internet.

- De que modo isso é uma ameaça? - disse ele à Reuters na manhã desta quarta-feira. - Mostrar um estudo de caso do que aconteceu com outro indivíduo que agiu de modo semelhante? É apenas uma evidência.

Segundo autoridades dos EUA, o governo federal raramente processa pessoas por ameaças. A Primeira Emenda da Constituição do país dá ampla proteção à livre expressão e o que constitui uma ameaça é constantemente sujeito a interpretações.

Cartunista também já esteve na mira de radicais

Em setembro de 2005, o jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" publicou uma série de caricaturas do profeta, dando início a uma onda de protestos em vários países islâmicos. Na mais polêmica delas, Maomé era retratado com bombas no turbante.

Os protestos contra os desenhos chegaram a causar mais de cem mortos em diferentes países. O autor da charge, o cartunista Kurt Westergaard, de 75 anos, precisou ser colocado sob proteção policial depois que foi descoberto um plano para matá-lo, em 2008.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Qual a função do governo?

''A função do governo é proteger nossas liberdades, e depois deixar as pessoas livres cuidarem de si mesmas.Não precisamos de todas estes programas, leis, guerras e tudo o mais nos enchendo o saco''

(Ron Paul, libertário e candidato a presidente dos EUA)

http://www.youtube.com/watch?v=HmEOv_rT8LQ&feature=player_embedded#!

Divulguem e vigiem

Como muitas outras companhias de tecnologia, o Google rotineiramente recebe pedidos de retirada do ar de posts, mensagens, e muitas outras coisas de seus servidores.
A companhia decidiu então manter estes pedidos expostos e atualizados, uma ótima noticia para a liberdade, vinda da companhia que mais colabora com a liberdade no mundo, possivelmente.
Adivinhem que é o primeiro da lista de pedidos de retirada do ar??


domingo, 18 de abril de 2010

A escola austriaca na midia( revista Epoca)

Em defesa do ultraliberalismo
Quem disse que as ideias de Keynes viraram unanimidade? Em Porto Alegre, a Escola Austríaca de Economia celebra o livre mercado
José Fucs, de Porto Alegre

Jony Partos e Ludwig von Mises Institute
ANTIGOVERNO
O economista Thornton (à esquerda) fala contra o intervencionismo, seguindo as ideias de Ludwig von Mises (à direita)

Nos últimos anos, com a explosão da crise econômica, tornou-se um passatempo universal satanizar o liberalismo e a desregulamentação dos mercados. Eles seriam os responsáveis pela crise. Deveriam, portanto, ser esquecidos. Ao mesmo tempo, as ideias do economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946), centradas na injeção de dinheiro público para estimular a economia em momentos de crise, passaram a encantar governantes em todo o planeta, inclusive no Brasil. Mas os defensores do livre mercado no país estão vivos.

Na semana passada, um seminário realizado em Porto Alegre para debater as ideias da Escola Austríaca, considerada a mais libertária de todo o pensamento econômico, transformou-se numa pequena trincheira de defesa radical do liberalismo. Organizado pelo Instituto Mises Brasil, uma entidade fundada em 2008, o seminário tinha o objetivo de promover os ensinamentos da Escola Austríaca no país. Seu representante mais conhecido foi Friedrich Hayek, prêmio Nobel de Economia de 1974. Mas o foco do evento eram as ideias do economista Ludwig von Mises, que estudou as diferenças entre as economias planejadas e as de livre mercado.

Fundada no final do século XIX pelo economista austríaco Carl Menger, a Escola Austríaca hoje guarda pouca ou nenhuma relação com sua origem geográfica. Sob muitos aspectos, suas ideias são semelhantes às da Escola de Chicago, o templo do liberalismo que tinha na figura do Nobel de Economia de 1975, Milton Friedman, seu principal porta-voz. Ambas defendem o livre mercado e a não intervenção do governo na economia como a melhor forma de promover o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Mas a Escola Austríaca vai além: é contra a existência do Banco Central e o monopólio de emissão de moeda, que considera um fator inflacionário e um convite à gastança do setor público. Ela também não gosta do uso de modelos matemáticos, popularizados pelos economistas de Chicago, por considerá-los rígidos e limitados para o entendimento dos fenômenos econômicos. E rejeita o ensino da economia por meio de experiências e observações do mundo real. A única lei verdadeira da economia, segundo seus adeptos, está baseada na lógica e parte do princípio de que todos sempre agem para melhorar a situação em que se encontram.

“Vamos tirar Brasília do nosso bolso”, era o slogan
na jaqueta de um participante do seminário

“Vamos tirar Brasília do nosso bolso”, dizia o texto estampado em letras garrafais nas costas da jaqueta amarela de um representante do Partido Federalista, que veio de Curitiba especialmente para o evento. O seminário atraiu uma plateia eclética, de 200 pessoas, de várias regiões. A maioria tinha menos de 30 anos. Ela incluía filhos e filhas de empresários gaúchos associados ao Instituto de Estudos Empresariais (IEE), que promove todos os anos o Fórum da Liberdade e deu apoio ao evento, além de militantes do Partido Libertários (de tendência anarquista) e do Partido Federalista (que propõe a limitação do poder central e maior autonomia para Estados e municípios). Havia também estudantes, atraídos pela bandeira da liberdade incondicional defendida pela Escola Austríaca. Carentes de oportunidades para discutir suas ideias, os participantes aplaudiam de pé os palestrantes. “Sou um devoto do pensamento liberal”, dizia o administrador de empresas D.M., de 29 anos. Ele mora em Brasília e, ironicamente, é funcionário da Anatel, agência governamental que regula e fiscaliza as telecomunicações. “Não volto sorrindo do trabalho para casa todos os dias.”

A lista de palestrantes incluía dirigentes e economistas ligados ao Ludwig von Mises Institute, dos Estados Unidos, como Mark Thornton, um dos primeiros a alertar para a bolha imobiliária americana, em 2004. “A Escola Austríaca rejeita a falácia de que a prosperidade possa ser produzida por meio do crédito barato”, disse no evento. Também estavam lá dois descendentes de Milton Friedman: seu filho, o anarcocapitalista David Friedman, Ph.D. em física pela Universidade de Chicago, e seu neto, Patri Friedman, que desenvolve projetos de construção de comunidades flutuantes em águas internacionais, livres da ingerência de governos. “Há 300 anos, boa parte da população nas Américas era formada por escravos e 100% dos frutos de seu trabalho eram de propriedade de seus donos”, afirma Hélio Beltrão Filho, fundador e presidente do Mises Brasil. “Hoje, de 40% a 50% do resultado de seu esforço e talento ainda não é seu, mas de seus senhores: os governantes e seus amigos.”

Em sua palestra, David Friedman defendeu uma ideia inusitada: a privatização do aparato judicial de segurança do Estado. Para ele, pessoas e empresas deveriam contratar serviços de segurança e juízes particulares para arbitrar suas disputas. Se alguém roubasse a TV de sua casa, você ligaria para sua empresa de segurança para ela tentar recuperá-la. Caso ela não conseguisse, você poderia contratar outra empresa, com um histórico mais favorável na recuperação de objetos roubados. As empresas que não prestassem um bom serviço tenderiam a sumir do mercado, como em qualquer outro setor da economia. “Essa não seria uma sociedade onde todo mundo estaria sujeito às mesmas leis”, disse Friedman. “A lei seria determinada pelo acordo entre as duas empresas contratadas pelas partes para defendê-las.”

Com o sucesso do seminário, Beltrão diz que o Mises Brasil pretende realizar encontros em outras cidades do país, formar professores e realizar cursos livres sobre as ideias da Escola Austríaca. “Estou pensando grande”, disse Beltrão, vencedor do prêmio Libertas 2010, concedido pelo Fórum da Liberdade a quem se destaca na defesa das liberdades individuais. “Vou me concentrar no Brasil, mas quero participar desse movimento, ajudar a difundi-lo também no exterior.”

Uma visão libertária
As principais ideias da Escola Austríaca de Economia

A intervenção do governo na economia é contraproducente e deve ser evitada sob todas as formas
A expansão dos livres mercados, a divisão do trabalho e o investimento do capital privado são os únicos caminhos para a prosperidade e o desenvolvimento
O socialismo é desastroso para a economia, porque a ausência de propriedade privada impede qualquer tipo de fixação racional de preços ou estimativa de custos
O Banco Central, detentor do monopólio de emissão de papel-moeda, deve ser extinto
O padrão-ouro, sistema que prevê o lastro em ouro para a emissão de moeda, deve voltar
Todos os tipos de seguros de depósitos bancários devem ser eliminados para que a quebra de bancos puna os maus investidores
Os modelos matemáticos, considerados muito rígidos e limitados, devem ser abandonados na análise econômica
Os ciclos da economia são consequência do crescimento exagerado do crédito bancário


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Post matador retirado do site Ordem Livre.org

Recebi email de um leitor do Ordem Livre em que ele defendia as barreiras alfandegárias brasileiras ao mesmo tempo em que recriminava as barreiras alfandegárias americanas. Pelo que entendi, o Brasil está certo em taxar os produtos estrangeiros porque assim protege a indústria nacional. Já os Estados Unidos estão errados em taxar produtos brasileiros porque assim eles se comportam como canalhas. O Brasil taxa os produtos estrangeiros para proteger seu povo. Os americanos taxam para ferrar os outros povos. O Brasil taxa porque é abençoadamente de esquerda. Os Estados Unidos taxam porque são diabolicamente de direita.

É uma contradição interessante — quando a gente faz, é legal; quando os outros fazem, é sacanagem.

A verdade é que taxar produtos estrangeiros nunca é legal. É sempre sacanagem. É sempre concessão de privilégio. É sempre restrição de liberdade. É sempre bobagem econômica. E foi isso que tentei explicar na minha resposta:

“Caro leitor,

obrigado pelo comentário. Respeito seu ponto de vista, mas discordo completamente. Quando um país protege a indústria nacional, ele não enriquece o país como um todo. Ele enriquece apenas a indústria específica que está sendo protegida. Veja: se não houvesse barreira alfandegária, você poderia comprar um determinado produto estrangeiro por, vamos supor, R$ 100. Mas como a indústria nacional não consegue produzir (por diversos motivos) o mesmo produto por um preço semelhante, o governo, para proteger a indústria, coloca barreira alfandegária, elevando o preço do produto estrangeiro para, vamos supor, R$ 300. Assim, você e todos os demais consumidores do Brasil são obrigados a escolher entre:

Produto nacional (normalmente de qualidade inferior) a R$ 250
ou
Produto estrangeiro a R$ 300.

Independentemente da opção que você faça, você e todos os demais consumidores brasileiros terão que pagar mais pelo produto do que pagariam caso o governo não protegesse a tal da indústria. Em vez de gastar R$ 100, têm que gastar R$ 250 ou R$ 300.

Claro que, pra essa determinada indústria, o governo está agindo certo e garantindo que a fábrica continue funcionando, mesmo que ela não tenha competitividade suficiente para continuar funcionando em um mercado livre.

Mas... aí é que está o ponto: todo o resto da população sai perdendo. Se não existisse a barreira alfandegária e os consumidores pudessem pagar R$ 100 pelo produto, eles estariam economizando R$ 150 ou R$ 200. E se economizam R$ 150 ou R$ 200, eles podem gastar/investir esse dinheiro em outros produtos. Assim, com R$ 300 você não compraria apenas um produto de uma determinada empresa, mas sim dois ou mais produtos de uma ou mais empresas. Com o mesmo dinheiro que antes você comprava apenas um produto, agora você pode comprar mais produtos ou economizar mais dinheiro para investir em mais negócios ou em mais serviços (como educação e saúde, por exemplo). Mais empresas saem beneficiadas. Mais empregos são criados. Mais rico o país fica. E melhor você vive.

Esse é o argumento puramente econômico. Se você tiver interesse em se aprofundar nesse ponto de vista, recomendo a leitura do livro Ensaios do Bastiat (que pode ser baixado no site do Ordem Livre) e do livro Economia em uma única lição, de Henry Hazlitt. No mímino, você vai achar a leitura divertida (especialmente do Bastiat, que é muito divertido).

Agora, existe outro argumento, esse de ordem moral. Que direito tem o governo de me proibir de comprar o produto que eu quiser? Por que eu não posso comprar o Macbook, se eu quero um Macbook? Com que direito o governo eleva as tarifas de modo a tornar impeditivo para mim a aquisição de um produto que pessoas como eu e você produzem lá fora? Com que direito o governo retalha a minha liberdade de escolha? Com que direito ele me proíbe de ter uma vida melhor?

Proibir um cidadão, um contribuinte, de escolher o produto que quiser e pagar por ele o preço justo, é, na minha opinião, moralmente errado. E está na fronteira com o racismo. Por que os chineses valem menos do que nós? Por que os americanos merecem menos o meu dinheiro do que os brasileiros? Para mim, somos todos iguais.

Só mais um comentário: você escreveu: "Gostaria que o Fabio me explicasse como ele acha que os EUA se tornaram o país mais poderoso do mundo?"

Um dos motivos de os EUA serem o país mais rico e poderoso do mundo é porque lá eles aplicaram os princípios do livre mercado. Nos EUA, os carros japoneses e europeus competem de igual para igual com os carros americanos. Assim como as cervejas, os vinhos, as roupas, os produtos eletrônicos, etc. Eles estão longe de ser um país perfeito, mas são relativamente livres, permitem que seus consumidores tenham uma ampla margem de escolha e estimulam a competitividade, de modo que as empresas se esforçam sempre para produzir melhor por um preço mais baixo.

Existem outros motivos, todos relacionados ao livre mercado, ao controle do governo e a eficiência e separação dos três poderes. Coisas que, aqui no Brasil, ainda estão na pré-história. Infelizmente.”

terça-feira, 13 de abril de 2010

Em breve: penteados e cabelos melhores para os cubanos




Cuba privatiza salões de beleza


Retirado do Jornal Valor Economico

As autoridades comunistas de Cuba estão entregando a administração de centenas de pequenas barbearias e salões de beleza do Estado aos funcionários, medida que parece ser o início de uma reestruturação, já esperada, do setor de serviços de pequeno porte sob o governo do presidente do país, Raúl Castro.

A transferência na administração, ainda não anunciada pelo governo, mas confirmada à agência de notícias Reuters por cabeleireiros e estilistas em várias cidades de Cuba. É a primeira reforma de alcance nacional no setor de serviços de pequeno porte e é pioneira na entrega desse tipo de negócio a seus funcionários, desde a estatização ocorrida em 1968.

Os funcionários, que até agora trabalham por um salário mensal, poderão alugar os salões e pagar impostos, segundo os cabeleireiros e profissionais da área de beleza consultados. Quem não quiser participar do novo modelo será transferido a outros setores ou poderá aposentar-se.

A nova política, iniciada neste mês, se aplica, por enquanto, aos locais com mais de três cadeiras de cabeleireiro, está sujeita a ajustes e estabelece o pagamento mensal de 15% da receita média do negócio. Isso inclui o aluguel do local e equipamentos, além do imposto de previdência social.

Os novos donos poderão cobrar os preços que o mercado esteja disposto a pagar e sua expectativa é de que consigam fazer bons negócios em Cuba, onde o salário mensal ronda os 420 pesos cubanos, equivalente a cerca de US$ 20.

Daisy, uma cabeleireira na Província de Guantánamo, no extremo leste de Cuba, afirmou que teria de pagar 738 pesos mensais (US$ 33) de aluguel. Na Província de Santiago de Cuba, também na região oriental da ilha, o preço médio será de 1.008 pesos e em Holguín, de 1.292 pesos.

"Temos de pagar água, eletricidade e produtos, mas parece uma boa ideia", disse Daisy, explicando que os funcionários ficarão encarregados de decorar e manter os locais."

Para Yordanka, empregada de um salão de beleza na cidade de Holguín, 730 km a leste de Havana, será uma responsabilidade que implicará mais trabalho. Ela disse que vai "trabalhar muito duro para poder ganhar melhor, mas gosto da ideia".

Barbeiros e manicures deverão pagar menos do que os salões de beleza. Na cidade de Guantánamo, por exemplo, o aluguel e os impostos serão de 604 e 280 pesos, respectivamente.

Cuba é uma das poucas economias de estilo soviético no mundo, onde o Estado controla mais de 90% da atividade. Outros países de governos comunistas como China e Vietnã liberalizaram tempos atrás o pequeno varejo e os pequenos negócios.

Desde que assumiu o poder, há dois anos, Raúl Castro vem implementando algumas medidas de liberalização.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Campeão da liberdade

I'm writing to let you know that the recipient of the 2010 Milton Friedman Prize for Advancing Liberty is Akbar Ganji, an Iranian writer and journalist who spent 6 years in a Tehran prison for advocating a secular democracy and exposing government involvement in the assassination of individuals who opposed Iran's theocratic regime. Details about this extraordinary individual – along with links to resources we have assembled about him on our Web – are below.

Akbar Ganji will be awarded the Prize on Thursday, May 13, at the Milton Friedman Prize for Advancing Liberty Biennial Dinner at the Hilton Washington in Washington, D.C. To attend the dinner, please register online at www.cato.org/friedman or email me at yvinnikov@cato.org. We are expecting it to be a terrific affair, and it will feature a keynote address by Pulitzer-prize winning columnist George Will.

We look forward to hearing from you and hope to see you at the Dinner.

Cordially,

Yana Vinnikov
Cato Institute
202-218-4617


The Economist: segurança privada é mais eficiente que a polícia em todo o mundo

The mean streets of Guildford

Spending more on education and private security are cost-effective ways of cutting crime

Apr 8th 2010 | From The Economist print edition

GUILDFORD is a prosperous town in London’s commuter belt and an unlikely setting for a seminar on crime. But one of the best sessions at the recent annual conference of the Royal Economic Society (RES), held at the University of Surrey, teased out two of the big themes on the economics of crime—deterrence (what it is that prevents crime?) and incentives (what it is that makes for law-abiding citizens?).

To start, Philip Cook of Duke University unveiled a new paper, written with John MacDonald of the University of Pennsylvania, on private contributions to public order. Their paper is based in part on a study of Business Improvement Districts (BIDs) in Los Angeles. BIDs are not-for-profit bodies that provide services, such as private security guards and sanitation, on behalf of local firms. The marvel of such public goods is that one firm’s use of them does not make them less useful to others. The flaw is that businesses can benefit even if they do not bear the costs. A change to Californian law in the 1990s addressed this problem by forcing all businesses to join a collective scheme if enough local firms had signed up to it. It helps, too, that the city authority collects the levies that finance the BIDs.

Private security turns out to be a cost-effective way of cutting crime. The study compares crime rates in 30 BIDs set up after 1995 with those in neighbouring districts. BIDs tend to be high-crime areas, so the authors adjust for this. They find that each $10,000 spent by an average BID resulted in 3.4 fewer crimes per year.

To work out whether this was money well spent, the authors surveyed the public to put a cash value on each crime prevented. People were asked whether they would vote for a scheme that reduced a particular crime by 10% at a particular cost in tax dollars (the range of “offers” varied from $25 to $225). The authors used the responses to assign a social cost to different crimes. They calculate that preventing a robbery is valued at $263,000, an assault at $79,000 and a burglary at $21,000. Given the reduction they bring about in each sort of crime, every $10,000 spent by the average BID bought some $200,000-worth of crime prevention.

A benefit-to-cost ratio of 20 to one is impressive, though it does not tell us whether the schemes directly benefit the firms that pay for them—through increased custom, fatter profits, higher property values, and so on. It is clear, however, that private security is good value for society as a whole. So good, in fact, that one suspects that some of the costs have been left out. Perhaps crime was not stamped out but merely shifted elsewhere. Or perhaps BIDs work so well because they draw on extra support from the police. That is not the case, says Mr Cook. Establishing a BID leads to fewer arrests and so reduces the cost of policing. Nor is there evidence that crime increases in neighbouring districts after BIDs are set up, he says. If anything, crime nearby falls.

Why is private security apparently so cost-effective? One reason, says Mr Cook, is simply that guards are paid less than police officers. Another is they are dedicated to a single district and are directly responsible for making it safe. Guards can specialise. They know which shifty characters to look out for and which policing works best in their area. Unlike policemen, they are not called away to supervise a parade or protect a dignitary.

The research also shows how effective “target hardening” (ie, self-protection against crime) can be. Mr Cook noted that there were twice as many cars in America in 2008 as in 1989, but fewer car thefts. Steering locks, engine immobilisers and tracking systems have made newer cars harder to steal. In a similar vein, a paper presented by Ben Vollaard of Tilburg University showed that newly built homes are harder to burgle. Mr Vollaard and his co-author, Jan van Ours, reckon that homes put up after a change in the Dutch building code in 1999 were 26% less likely to be broken into than those built beforehand. To comply with the code, builders had to fit high-quality locks and burglar-proof windows and doors. These may not put off a determined thief but are enough to slow down an opportunist, said Mr Vollaard.

Too cool for school

Are there ways to prevent people from becoming criminals in the first place? In principle, a lengthier education ought to reduce crime by raising people’s future earning power from legitimate work, making a criminal career less attractive. School also keeps would-be criminals in touch with the right sort of peers and social attitudes. There is plenty of evidence that a lack of education goes hand in hand with criminal behaviour. Studies of America’s jail population in the 1990s showed that most inmates had not finished high school. But few studies have established that less education is actually a cause of crime.

A third paper presented at the conference, written by Stephen Machin of University College London, Olivier Marie of Maastricht University and Suncica Vujic of the London School of Economics, uses a statistical trick to find a causal link between low education and crime. The authors looked at the crime rates of a cohort of British school-leavers, some of whom were forced to stay in school for longer because of a legal change to the school-leaving age. They found this group was less likely to engage in criminal behaviour than an earlier cohort. The authors calculate that one year of extra education reduces property crimes by 1-2%, and that the cost of the extra schooling is outweighed by the benefits of reduced crime. These results echo a study of American crime by Lance Lochner of the University of Western Ontario and Enrico Moretti of the University of California, Berkeley, which found the biggest benefit from extra education was in fewer violent crimes. That result is not replicated in the newer study, perhaps because there are too few murders in Britain to show up statistically. After all, Guildford is a long way from Los Angeles.


The article refers to the fol

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Deu no Wall Street Journal de hoje

Curb your entusiasm for Brazil


Brazilian tycoon Eike Batista rocketed to eighth place this year on the Forbes list of the world's wealthiest individuals, from 61st last year. Now speculation is rampant that he is on his way to the top.

Powering Mr. Batista's soaring fortunes is black gold. His oil and gas company, OGX, won auctioned drilling rights in the shallow-water basin off the coast of the state of Rio de Janeiro, and it estimates its reserves at 6.7 billion barrels.

A self-made Rio billionaire is supposed to be daring, charismatic and visionary, and Mr. Batista does not disappoint. I caught up with him when he was in New York last week for The Wall Street Journal's "Invest in Rio" conference. At a lunch on Wednesday he mesmerized the crowd with his enthusiasm, not only for his own projects in oil development, ports and ship building but also for his country. Despite many mistakes in the past, he said, Brazil has changed and is ready to claim its rightful place among industrialized nations.

That Mr. Batista is a disciplined, risk-taking sensation with plenty of political savvy there is no doubt. But do his new opportunities in oil and gas in Brazil imply a rising tide for the rest of the nation? Count me as a skeptic. Indeed, the more the country's elite talks about its public-private partnerships to reinvent Brazil with its newfound wealth, the more it sounds like the same old Latin corporatism.

It is true that life for Brazilians is worlds better than it was in the early 1990s, when hyperinflation fed national chaos. Credit for taming prices goes to two-term former President Henrique Cardoso, whose government implemented the Real Plan pegging the national currency to the dollar. Even though the peg was abandoned in 1999 Mr. Cardoso held fast to the anti-inflation dream, hiring Arminio Fraga, a successful hedge fund manager, to take over the central bank. Mr. Fraga made bank transparency a priority, and the market now disciplines Brazil in monetary matters. Mr. Cardoso also led the effort to make states fiscally accountable.

President Lula da Silva wins accolades from entrepreneurs like Mr. Batista, but a review of his tenure finds that the best thing he has done as the country's chief executive is nothing. That is to say, he did not undo Mr. Cardoso's monetary and fiscal achievements. Instead he continued to support an anti-inflationary bias by hiring Henrique Meirelles, a former president of Bank of Boston, to replace Mr. Fraga. Yet beyond a bankruptcy-code reform and improvements to insurance legislation, he has done little else.

The school of gradualism argues that Brazil can't be turned around overnight, and thus incremental progress is all that could be expected. The trouble is that ever since Brazil discovered abundant oil off its coast in 2007, it seems to have abandoned even modest reforms.

Consider the challenge of fixing the regulatory and tax structure, which is so stifling that small and medium-sized businesses have had to go underground to survive. Operating in the shadows, they can't take advantage of modern efficiencies that would help them raise productivity. As a result, they are sentenced to lives as the urban equivalent of subsistence farmers.

Mr. Batista argued to me that the size of the underground economy has been reduced in recent years in Brazil. That claim is hard to prove but even if it's true it would appear to be due more to a crackdown by state agents than on reform.

In the World Bank's 2010 "Ease of Doing Business," which measures the tax and regulatory burden imposed by the state, Brazil ranks 129 out of 183 countries, down from 127 in 2009. It is far behind Chile (49), Mexico (51) and China (89). The country gets especially bad grades in the categories of starting a business, paying taxes, employing workers and securing construction permits.

There are other worrying signs. In an interview with Journal reporters the day before last week's conference, Mr. Batista celebrated an increase in protectionism by praising a new "Brazilian content law" for the tankers he builds. "We used to have the second largest ship-building capacity in the world and it was totally scrapped under the liberal view, 'oh, let's buy where it is cheaper,'" he said. "We used to ship mountains of iron ore, mountains of food to the world. It's coming back now because of oil and because of this Brazilian content rule."

This may be good for Mr. Batista. But it's not so good for Brazilians who will pay the price for the capital misallocation.

With the large oil finds off-shore and the government revenues they imply, Brazilian politicians now expect to be rolling in dough. That does not bode well for the possibility of containing their power. Nor does it suggest that long-suffering Brazilian entrepreneurs—notwithstanding Mr. Batista's success as an oil baron—are about to be liberated.