segunda-feira, 17 de novembro de 2008

E os mais pobres?




Algumas pessoas até demonstram alguma simpatia pela idéia do libertarismo, mas com o tempo são enganados por inimigos da liberdade com a seguinte indagação: ''e os mais pobres? E os desfavorecidos? Sem um estado forte que proteja os mais fracos eles ficariam ''a mercê'' do sistema, jogados a própria sorte e o resultado seria terrível...''
Logo algumas pessoas inteligentes são levadas a acreditar que o libertarismo não é viável por não proteger os desamparados.
Vamos então atacar esse engano.

Para começar, não custa dizer a imensa maioria das situações de miséria do mundo foi causada não pelo capitalismo, mas pelos governos.A pobreza na região sub-saariana da Africa, possivelmente a mais terrível que exista hoje no planeta e belamente ilustrada nas fotografias de Sebastião Salgado é causada pela tirania de governantes totalitários que fazem guerras incessantes, roubam para si todas as riquezas de seus países, praticam corrupção e violência generalizadas e alem de tudo impedem que a ajuda internacional alivie a situação.

Mesmo em nações mais desenvolvidas é o governo o culpado pela miséria, e não o mercado.Ora, em uma sociedade pacífica, como é o caso do Brasil, só pode haver pobreza extrema havendo desemprego.Se todos( ou quase todos) estivessem empregados não haveria o que se falar em miséria.E porque o desemprego existe?
Ele existe porque o governo através de uma infinida de regulações, medidas burocráticas e impostos elevados não permite que a economia atinja seu pleno potencial.Imaginem em quantos milhões de empregos a mais não existiriam no Brasil e no mundo sem tantas restrições a atividade econômica, sem impostos asfixiantes, sem tantas proteções trabalhistas( sim, as proteções trabalhistas são na verdade boas para quem já está empregado e goza de benefícios, mas nem um pouco benéficas para os desemperegados.Mas como são os primeiros que sustentam com suas contribuições as centrais sindicais elas não se importam com os já desempregados, que são na verdade os pobres).

O salário mínimo é outra lei criadora de desemprego.Ao estabelecer um pagamento mínimo a lei cria desemprego na medida que impede que todos aqueles que gostariam de trabalhar por menos que o estipulado e todos aqueles que gostariam de contratar alguem, só que por valor menor que o minimo estipulado de celebrar contrato de trabalho.É portanto uma lei causadora( e não aplacadora) de miséria.

Alem de tudo isso, ainda assim é certo que em uma sociedade libertária existiriam excluidos.Vejamos então o gráfico abaixo:



O grafico mostra o percentual de doações filantrópicas em relação ao Produto Interno Bruto de diferentes areas do globo.Como se sabe, uma parte importante das redes que combatem a miséria, dos museus e galerias de arte, das melhorias em faculdades, e muito mais nos Estados Unidos é vinda de doações filantrópicas e privadas.Ou seja, a filantropia tem papel importante naquele país.Porque o mesmo não ocorre no Brasil?

Qualquer brasileiro é capaz de responder a essa pergunta.Os brasileiros não se veem motivados a retribuir generosamente a uma sociedade que só tentou tomar dinheiro deles a todo momento, que ja cobra impostos altíssimos e usa esse dinheiro de forma perdularia e corrupta.Lá existe ainda um certo agradecimento por uma sociedade que funciona.

Imaginem porèm o que aconteceria em uma sociedade libertária que não taxasse as pessoas ou as taxasse em nível mínimo.Se nos Estados Unidos onde o estado atrapalha menos a filantropia já é tão formidável como pode constatar qualquer pessoa que ja visitou por exemplo o Metropolitan Museum ou o Licoln Center, imaginem em uma sociedade de impostos mínimos, livre iniciativa, paz e crescimento econômico?
A resposta é clara: haveria muito mais riqueza, prosperidade e os poucos que seriam perdedores nesse novo sistema seriam facilmente e de forma mais justa e eficiente protegidos por um sistema voluntário( e não coercitivo) de proteção através da filantropia.

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