quinta-feira, 28 de maio de 2009

Adios


Verdadeiro velho oeste: prosperidade

Este será meu ultimo post por alguns meses.
Ao contrário de nossos opositores, todos os meus recursos vem da iniciativa privada, e deste modo, era um problema o fato de que o blog estava tomando algum tempo em meu trabalho.
De todo modo, gostaria de dedicar esta ultima postagem a falar do volhe oeste americano.
A expressão ''velho oeste'' e seus derivados ''faroeste'' e ''oeste selvagem'' se refere basicamente a costa oeste americana, sobretudo os estados que hoje são California e Nevada, no seculo XIX.
Por que está expressão?
Ora, basta se lembrar da bandeira americana.São 50 estrelas( o numero de estados) e 13 listras ( as colonias originais).Em outras palavras: originalmente os Estados Unidos da America eram apenas uma pequena porção do território de hoje, a região do nordeste, que hoje compreende cidades como Noya York e Boston.Todo o resto do território, especialmente o oeste, foi uma expansão, conquistada através de compras de terrenos e guerras ( curiosidade: os comandos americanos se vestiam de verde e tinham como grito de guerra ''green go!''' e daí surgiu a mundial gíria de que ''gringo'' é um estrangeiro.)
Em resumo, no seculo XIX a parte oeste do território americano praticamente não tinha governo algum.Isso porque ela havia acabado de ser anexada, gerando um hiato de administração, que levou décadas para ser preenchido( lembrem-se, na época nao havia comunicações modernas ou internet).As unicas autoridades, como viamos nos imortais filmes de velho oeste, como os de John Wayne, eram as autoridades locais, como o prefeito e o Xerife.E isso quando elas existiam.
A verdade é que muito pouco se sabe sobre o velho oeste americano.Hollywood nos fez acreditar que tratava-se de uma região extremamente perigosa.Será que isso era verdade?Vejamos.
É fato de que no velho oeste as estatísticas fariam a turma do desarmamento ficar de cabelo em pé.O indice de habitantes que possuiam armas era muito próximo de 100%.Era um conceito pacífico o de que cabia a cada um prover por sua própria defesa e segurança, e não ao (inexistente) estado.Esse aspecto peculiar do velho oeste sem dúvida foi o mais explorado pelos filmes de bang-bang.
Em compensação, ao contrário do que se pensa, a criminalidade era surpreendentemente baixa.Se formos realmente pescar o que os filmes nos mostram, os relatos eram de cidades pacatas que tinham a tranquilidade momentaneamente interrompida por indios ou arruaceiros.E logo a paz retornava.Era uma sociedade de confiança onde o comercio era vigoroso e crescente.
E o mais interessante: desde o ano de 1800, com o oeste incluido, o analfabetismo é zero nos EUA.E detalhe: a primeira escola publica daquele país foi construida em 1844, com o sistema só se universalizando na virada do seculo XX.Foram puritanos lendo a biblia e construindo escolas tão logo chegavam a novas terras que erradicaram o analfabetismo.Não foram as escolas públicas, ao contrário do que se pensa.
Importantes historiadores, como Richard Shenkman da universidade de Yale, por exemplo, atribuem os mitos do velho oeste aos filmes Hollywoodianos ''Muito mais pessoas morreram nos filmes de John Wayne do que no próprio velho oeste'' diz Shenkman.
O fato é que um pouco da cultura de ausência de estado continua até hoje por lá.Hoje Nevada, estado que teria tudo para ser miserável, pois se situada em uma região de natureza inospita e em cima de um grande deserto, é um dos maiores centros de turismo do planeta.Como lá restrições não são muito toleradas, a prática do jogo floresceu e com ela a industria de cassinos que permite que todos os habitantes da cidade desfrutem de padrões de vida com que um brasileiro médio nem sonha em ter.Quanto a California, este estado sozinho é responsável por 20% de todo o produto interno bruto dos EUA e apenas seis paises do mundo possuem economia maior do que o Estado!Graças a cultura de ausência de estado de seus antepassados, na California se pariu o Vale do Silicio, a cultura do risco, do empreendedorismo, dos sonhos, que fez nascer quase tudo o que se admira hoje em dia: a Apple, a HP, a Cisco, o Google e tantos e tantos outros.
E porque em algum momento na estrada passamos de nossos próprios xerifes, nossos próprios donos, para simples servos e vassalos do estado?Porque não continuamos a lei da bala, e assim recebemos cada fiscal da receita e cada policital nojento que nos esfrega um bafômetro na cara?Porque fomos infelizmente convencidos de que isso seria em nosso interesse.
Como diria o personagem V, do inesquecível romance de Alan Morre ''se quiserem procurar o culpado por todo o sofrimento dos ultimos 10 mil anos, Londres, por toda a servidão, o medo e a culpa, não precisam ir mais longe que apenas olhar para o espelho''

quarta-feira, 27 de maio de 2009

E nosso vice-presidente já se mandou


ADIÓS!

José Alencar anunciou hoje que está indo tratar seu cancer nos E.U.A.
Se ele não fosse político, aliás, ja teria feito isso Ha muito tempo.
Os médicos americanos são infinitamente melhores que os brasileiros por um simples motivo: lá eles não têm vergonha de admitir o óbvio: que não dão a mínima para os pacientes.Tudo o que querem é simplesmente o que todo mundo quer: lucrar em cima de seus clientes.
Com um povo com renda média 10 vezes mais alta pode se formar em torno da região de Boston( com zonas secundárias em Cleaveland e Houston) o principal cluster mundial de medicina de ponta.
Os pacientes sabem disso, e pagam alto para fugir do sistema publico de saude.
Aqui como lá, o que o estado faz ele faz mal.Aqui como lá quando cada um luta para fazer o melhor para si, o próprio sistema de mercado se encarrega de obrigar estas pessoas a que façam um bom trabalho para alcançar seus objetivos.Nunca custa relembrar Adam Smith: ''Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro e do cervejeiro que eu espero que saia meu jantar, mas sim de seus próprios auto-interesses''
A solução é obvia: deveríamos acabar com os hospítais públicos, privatizar a saude e melhorar de uma vez a saúde da popualação.

Prejudicar os bondholders da GM é um crime contra a propriedade privada

GM Bondholders Are People Like You and Me

The government is punishing one group of workers to reward another.

I am an American retiree. Like many small investors, I am relying on "safe" investments such as bonds backed by America's largest companies to fund my retirement. One of these companies is General Motors.

First, let's set the record straight about who owns GM's bonds. We are hardworking families, individual investors and retirees who purchased billions of these bonds in $25, $50 and $100 increments. Many bonds were bought directly and others are held in our pension funds, 401(k) plans and other retirement programs.

I purchased GM bonds in 2005 and own $91,000 worth. These bonds account for a very sizeable portion of my retirement income, and so it is absolutely devastating to watch GM's problems bring the once venerable company to the brink of failure. My standard of living is truly in jeopardy.

Despite the terrible position my fellow bondholders and I are in, we are being portrayed as the cause of GM's problems and inability to restructure.

Who is perpetrating this myth? The American government, which is at once encouraging investment in U.S. companies and vilifying those who have already invested. Billions upon billions of taxpayer dollars have been used to stabilize companies to restore investor confidence. But how can investors be confident when they're at risk of ending up on the wrong end of the government's stick?

Even more disturbing: The government's proposed restructuring plans benefit one class of retirees at the expense of another. I understand that we each have equal claims in bankruptcy. However, under the current plan GM's union retirees will receive 39% of the restructured company and $10 billion in cash in exchange for $20 billion in claims. Bondholders, however, receive a mere 10% for $27 billion in claims in the form of stock (and no cash).

I am a retired dye-making trade worker and even worked in the auto industry during my career. I don't understand why the government is penalizing people like me just for having funded my retirement with GM bonds. Bondholders, especially small bondholders, are being ignored in negotiations and singled out to bear the greatest share of the cost of restructuring GM.

We are not an unreasonable group. We understand that to save GM everyone will need to endure economic pain. But we are very troubled by the government's decision to give UAW retirees -- equal members, with the bondholders, of the unsecured creditor class -- preferential treatment. The government cannot be permitted to rewrite bankruptcy rules on a whim to selectively benefit equal groups.

Small bondholders use the interest from GM bonds for everyday living expenses and cannot afford to see GM go bankrupt. And though we've been branded as an obstacle, small investors like me are in fact the solution. Our continued investment in U.S. companies and markets is critical to an economic recovery.

By treating investors fairly, GM could take the lead in making the market attractive once again.

Mr. Buchholtz is a retired trade worker from Warren, Mich.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Liberalismo econômico ajuda a trazer democracia

Peaceful Evolution Angst

Published: May 24, 2009

HO CHI MINH CITY, VIETNAM — The Vietnamese Communist Party, like its fraternal party in China, has identified the No. 1 threat it faces. The looming danger is called “peaceful evolution.”

That may sound like the weatherman warning of the menace of clear, sunlit skies. But the architects of Market-Leninism, who have delivered fast-growth capitalism to one-party Asian states, are in earnest. The nightmares they have are not about revolutionary upheaval, but the drip, drip, drip of liberal democracy.

Twenty years after Tiananmen Square, revolt is dormant and students docile from Beijing to Hanoi. They’ve bought into development over democracy for the foreseeable future. They may want more freedom, but not to the point that they will confront the system, as the Tiananmen generation did.

“The major task for China now is development,” a Peking University ecology major named Song Chao told my colleague Sharon LaFraniere. That’s the mood here in Vietnam, too, where moving up from motorbikes to cars is more likely to occupy the next generation than pushing for multiparty democracy.

As in China, this pragmatic sentiment is related to trauma. Both countries saw civil wars in the second half of the 20th century that exacted tremendous tolls. So stability is prized, especially as it has brought fast-rising living standards.

But there’s more to the shift that has made “peaceful evolution” the specter keeping Asian politburos awake at night.

Technology has taken the “total” out of totalitarian. The Stalinist or Maoist dark night of the soul has been consigned to history by wired societies. Neither China nor Vietnam is free. At the same time, neither is so un-free as to make their citizens ache for liberty.

Shi Guoliang, who researches the social outlook of young people at Beijing’s China Youth University for Political Sciences, told the Financial Times that: “Students don’t do sit-ins, they blog and use Twitter.”

Of course, the Chinese authorities block some Web sites deemed hostile. Internet freedom is limited. Here in Vietnam, where things are generally more tropical-lax than up north, that freedom is far greater. (Vietnamese rivalry with China is a constant beneath all the official fraternity.)

In both countries, communication and the online world serve as safety valves for one-party states where Communism is little more than the brand name given to power retention.

In general, I’d say the era of revolutions is over. Google has gobbled the insurrectionary impulse. That is the main difference between the Tiananmen generation and Asia’s rising “Generation Global.” Heat rises in a confined space. When walls and borders are porous, it gets dissipated.

So what’s a party functionary, having digested the lessons of Mao and Ho, to fret about if not “peaceful evolution?”

The almost noiseless implosion of the Soviet system and the velvet revolutions of central Europe have made an indelible impression on the architects of 21st-century soft repression. They’re alert not to bangs but to whimpers.

Their systems are quiet. They are based not on terror and Gulags, but on the establishment of red lines that only impinge on freedom where freedom begins to mean the right to denounce or organize against the authorities.

So what the custodians of repression-lite Communism with a capitalist face fear are not revolutionary cells armed with AK-47s but harmless-sounding nongovernmental organizations (NGOs). They’re on the watch for puffy-faced, over-educated Western idealists who, behind talk of human rights and the rule of law, may be blurring those red lines and sucking the fiber of a Communist cadre.

“You can register a company here in a day, but forget about registering an NGO or charity,” Jonathan Pincus, who runs a branch of Harvard’s Kennedy School in Ho Chi Minh City, told me. A Russian delegation was in Vietnam recently giving advice on how to counter the NGO menace.

That’s regrettable but hardly disastrous. The best should not be the enemy of the good. The rapid rise of China and Vietnam, accounting between them for some 20 percent of humanity, has ushered hundreds of millions of people from poverty since totalitarian Communism fell. The West is in no position to say it knows better.

Something there is about a single doctrine that rubs humanity the wrong way. For a brief moment, after the Berlin Wall fell, free-market, multiparty liberal systems seemed set to sweep everything in their triumphant path. But from Moscow to Beijing to Hanoi, reaction came. Markets and nationalism trumped freedom and the vote; the noble spirit of Tiananmen and Berlin faded.

America, born as a liberating idea, must be true to that and promote its values. But, sobered and broke, it must be patient. As the emergent middle classes of Vietnam and China become more demanding of what they consume, they will also be more demanding consumers of government.

They will want more transparency, predictable laws, better health care, less corruption, broader education, freer speech and fewer red lines.

One-party states will be hard pressed to provide that. Another quarter-century down the road, I’d bet on more democracy and liberty in Beijing and Hanoi, achieved through peaceful evolution, no less.

Libertarian Planet-1 ano!

No dia de hoje o blog Libertarian Planet comemora 1 ano de existência.
Neste período, recebemos 453 emails com manifestações e opniões sobre nossos textos.Vejamos o quadro geral:

Total de mensagens recebidas: 453
Total de mensagens se dizendo contrárias a nossas idéias: 277
Total de mensagens favoráveis a nossas idéias: 70
Total de mensagens sem posição clara: 80

Se levássemos a sério esta estatística concluiriamos que o Brasil é um país extremamente libertário.Com 70 mensagens favoráveis em um universo de 453, isso daria um percentual de aproximadamente 15% de libertários brasileiros.Obviamente isso não é o caso.Os libertários brasileiros são com certeza muito menos do que 1% do total de brasileiros, provavelmente apenas uma fração disso.Em primeiro lugar, existe uma distorção clara por este ser um blog libertário.Obviamente, liberais brasileiros são mais atraidos por este conteúdo que comunistas.Além disso, não descontamos mensagens multiplas das mesmas pessoas.
Sobre as mensagens negativas, um dado muito interessante que tive confirmado neste ano e do qual já suspeitava: brasileiros estão entre os povos mais liberais no que tange a relações sociais , mais liberais inclusive que muitos estados americanos nessa questão( a nação mais libertária do planeta com cerca de 10% dos adultos se declarando libertários).Em compensação, no que diz respeito as questões econõmicas os brasileiros estão entre os povos mais esquerdistas do mundo e nisso perdem de lavada para os americanos, que tendem a ser mais liberais em questões economicas que sociais.Que nação fantástica resultaria na junção do melhor de cada uma das duas culturas...
Em suma, brasileiros são evoluídos o suficiente para em sua maioria apoiarem a idéia de um casamento gay e até da legalização do consumo de drogas, por exemplo, mas ainda são crianças não preparadas para se desfazerem de suas estatais.
A consequencia é que no segundo ano de Libertarian Planet focarei um pouco mais em questõs economicas e um pouco menos em questões sociais.
Gostaria tambem de agradecer a todos que nestes 12 meses nos escreveram querendo aprender mais sobre libertarismo, ou trazendo opiniões, negativas ou favoráveis.Ao contrário do site do PSTU, aqui nos aceitamos as duas.
O faturamento do blog ao longo de seu primeiro ano de existência foi de precisamente zero.E fico estremamente satisfeito que tenha sido assim.Recusamos inclusive duas propostas de contribuição, que seriam utéis para a divulgação do blog, mas que poderiam comprometer ou levantar súvidas sobre a real intenção de suas opiniões.
Neste meio tempo, devemos dizer, fui abordado com até por uma proposta defiliação partidária, a qual obviamente eu recusei.Cada centavo de minha renda vem da iniciativa privada e me orgulho disso.Alem do mais, não considero que um partido que se auto-intitula em prol da social democracia poderia me representar.
Gostaria de aproveitar este momento de celebração para mandar alguns recados especiais para algumas pessoas: ao tal de Rafael, dirigente estadual do PSOL que não sei como descobriu meu site e espalhou-o a sua corja de amigos para que todos nos mandassem ofensas: se eu me preocupasse com a opinião de comunistas não seria libertário.O muro de Berlim caiu, eu (nao)lamento, mas voces perderam.
Ao sr. Geraldo, que me escreveu em fevereiro dizendo-se um libertário mas que nunca concordaria com ''a legalização da pouca vergonha, da prostituição e de casamento entre duas pessoas do mesmo sexo''.Lemento, mas o sr não é um libertário.É um direito seu ter qualquer opinião, mas libertário o sr. não é.E se me disser que na sua definição sua posição é libertária, isso seria uma confusão semântica.É o mesmo que dizer que alguem é um assassino, mas ''na minha definição'' assassino é alguem que é cordial e trata bem as pessoas.Ou que alguem trabalha em um açougue e ''na minha definição '' isso se chama médico.Simplesmente é um problema linguistico e em qualquer definição suas posições não são libertárias.
Para o petista Leandro, que prometeu que nosso site não chegaria ao fim do ano no ar: sei que é triste para voce mas vivemos em um país com liberdade de expressão e o artigo 5 da Constituição Federal garante nossa permanência.Mas posso te ajudar: basta se mudar para a Venezuela ou Coreia do Norte que lá eles são mais afinados com sua forma de pensar.
Mas de todas, a mensagem mas estarrecedora foi recebida em fins do ano passado por alguem que se disse fiscal da receita federal e me ameaçõu dizendo que ''como outros empresários espoliadores deveria aprender a ficar de bico fechado e não dizer bobagens neo-liberais(sic)''
Bem, vindo de um fiscal da receita, a acusação de ser ''espoliador'' so me leva a crer que fui acusado de sonegação fiscal.Sobre isso, gostaria de dizer que absolutamente todos os centavos movimentados pelo clube de investimentos do qual sou sócio podem ser verificados sem o menor problema, clube este que se encontra devidamente registrado em junta comercial e até facilitarei qualquer funcionario publico que queira perder seu tempo em nos analisar, mas ja adianto que não terá muito o que encontrar: desde 2002, época em que fiz minha primeira transação financeira não fomos nem uma unica vez sequer autuados e muito menos condenados em qualquer instancia civil ou tributária.A FCL é completamente transparente e em qualquer caso de dúvida até recolhe a mais e divulga a mais.
Gostaria de dizer ao Sr Fiscal( ele sabe quem é) que se continuar fazendo qualquer acusação infundada a meu respeito, nos veremos no foro adequado, o judicial.

sábado, 23 de maio de 2009

Songs of freedom



This is my right, a right given by god , to live a free life, to live in freedom!
Paul McCartney – Freedom

"We shall overcome; we'll walk hand in hand; we shall all be free; we shall live in peace; the truth shall set us free, someday!"
Bruce Springsteen – We Shall Overcome | play

Life is ours, we live it our way. Never cared for what they do, never cared for what they know, and I know!
Metallica – Nothing Else Matters

Stand up for your rights, don't give up the fight!
. – Get Up, Stand Up (Bob Marley)

Should 5% appear too small, be thankful I don't take it all - cause I'm the taxman!
Stevie Ray Vaughan & Double Trouble – Taxman

- My choice is what I choose to do; and if I'm causing no harm, it shouldn't bother you!
Ben Harper – Burn One Down

- Hey, teachers! Leave them kids alone!!!
Pink Floyd – Another Brick in the Wall (part II)
- We don't need no education; We don't need no thought control!
Pink Floyd – Another Brick in the Wall (part I)

I know i was born i know i ´ll die.The in between is mine.I am mine
(Pearl Jam)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O dia da liberdade






O Brasil é um dos países onde mais se cobram impostos no mundo. Todos os anos, os brasileiros têm que trabalhar 145 dias (de 1º de janeiro até 25 de maio) apenas para pagar os tributos cobrados pelo governo. Para lembrar a data e chamar a atenção da opinião pública para a questão, será realizado pela primeira vez em São Paulo, o Dia da Liberdade de Impostos, em que a população poderá adquirir gasolina sem o preço dos tributos. Além de São Paulo, o evento também acontece em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. No dia que simboliza a data em que o consumidor para de trabalhar para pagar impostos, a venda de gasolina será subsidiada no Centro Automotivo Portal das Perdizes (bandeira Ipiranga), que fica na Avenida Sumaré, esquina com a rua Dr. Franco da Rocha. Em lugar dos R$ 2,3999 por litro normalmente cobrado, os consumidores pagarão o valor de R$ 1,4624 por litro, que é quanto a gasolina custaria se não incidissem tributos como a CIDE, PIS, Cofins e ICMS.



As vendas serão limitadas a 25 litros de gasolina por veículo. As senhas para abastecer com desconto serão distribuídas a partir das 9h e a venda se inicia às 10h. Somente os consumidores que tiverem a senha poderão abastecer com desconto e, após encerrada a cota de 6.000 litros, a ação terminará. Será aceito somente pagamento em dinheiro. A diferença no preço do combustível será paga pelas entidades organizadoras do protesto. O Dia da Liberdade de Impostos foi realizado em 2003, em Porto Alegre pela primeira vez. Desde então, diversas cidades no Rio Grande do Sul aderiram ao movimento. Em 2009, pela primeira vez o evento será realizado simultaneamente em quatro capitais.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A escandinávia e o estado de bem estar social





Precisamos esclarecer uma coisa de uma vez por todas: a Escandinavia não é um modelo a ser seguido.E eu sempre tive uma especial admiração sobre esta linda região do mundo.
Os esquerdistas um pouco mais moderados, uma vez que o socialismo se mostrou uma farsa muito clara, partiram para a próxima batalha: ''ok, o socialismo não funciona mas mesmo assim cabe ao estado prover algumas funções básicas, como saude, seguridade e educação'' dizem estes.E aí a cartada: ''basta ver que a região mais rica da europa é a escandinavia, onde o estado provê todas estas coisas'' Alto lá!
Na verdade, como qualquer pessoa que gasta um tempo mínimo para estudar história econômica sabe, os países encadinavos-Suecia, Finlândia, Noruega, Dinamarca e Islandia- são ricos a despeito do estado pesado de bem estar social e nçao por causa dele.
A Escandinávia é uma região do globo com uma população tradicionalmente globalizada e internacionalizada-basta lembrar o fato de que ja no ano de 1100 os Vikings dinamarqueses atingiram a Groenlândia e segundo muitos a própria américa.Alem disso, por volta do ano de 1850 os países escandinavos resolveram realmente se abrir para o mundo, até por causa do fato de se tratarem de países e populaçãoes pequenas, e com exceção da noruega abundante em petróleo, sem tantos recursos naturais.
Some-se ainda que trata-se de uma população históricamente muito bem educada, tolerante, e extremamente pacífica( a escandinávia sempre costumou estar longe de guerras, tão danosas para a economia no longo prazo)
Logo, o peso das muitos programas sociais é muito menor para um país com tamanha renda per capita( e que seria ainda mais alta nao fossem os próprios programas).No Brasil, a tentativa de se criar um estado de bem estar social- com medicamentos anti-aids, aposentadoria aos 50 anos de idade-e muitas outras farras é ainda mais danosa.
Por fim nçao custa lembrar, o grau de abertura de que os países escandinavos gozam para um brasileiro é ultra liberal.Por isso lá existem companhias de nivel global como Ericsson, Volvo, Nokia, Lego e muitas outras.Não por qualquer programa social, e sim pelo bom e velho capitalismo liberal.
Por tudo isso podemos afirmar: viva a escandinávia, mas abaixo ao fajuto estado de bem estar social!Ele nos torna seres piores: mais preguiçosos, menos esforçados e mais nivelados por baixo.

As instituições necessitam de reformulação





Muitos amigos libertários me dizem que se recusam a algum dia se casar, para marcar a posição de protesto em não aderir a uma instituição discriminatória, que exclui gays de se juntarem a ela.
Embora eu respeite e muito a posição destas pessoas, e admire seus principios eu ja cheguei perto de me casar uma vez anos atrás e não descarto fazer isso no futuro.
Ocorre que não é a instituição em si que é discriminatória e sim os que possuem o direito de administra-la: o estado e as diferentes religiões.
Sobre as religiões devemos respeitar o direito de cada uma delas de seguir suas próprias crenças, concordemos ou não-afinal, somos libertários- mas o estado não tem o direito de determinar quem pode ou não casar.Todos deveriam poder casar se assim desejassem.
Confesso que terei algum desconforto em me juntar a uma instituição administrada pelo estado e que é excluída de muitas pessoas.Espero que isso mude em breve.
Sobre as religiões, nunca serei contra o direito de cada uma determinar sua verdade, suas próprias crenças.Mas tenho o direito de concordar ou não.Lembro da ocasião, quando eu era adolescente que um padre de fortaleza se negou a celebrar o casamento entre um senhor que utilizava cadeira de rodas e sua esposa.Segundo este padre, o próposito do casamento era gerar filhos e como essa união nunca os geraria então eles não deveriam casar.O padre foi apoiado pelo bispo local.
E eu, lendo notícias, percebi naquele exato momento, que a despeito de ter crescido em uma família portuguesa extremamente católica, incomensurávelmente católica para dizer a verdade, percebi que eu jamais seria católico novamente.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Boicotem hospitais conservadores

Coisas assim acontecem devido a legislação homofóbica e conservadora em vigor.
Libertários defendem direitos irrestritos de casamentos gays entre mulheres e homens maiores de idade e apoiam a adoção por parte de casais gays de ambos os sexos.

Segue o relato emocionante de Janice Langbehn no New York Times de hoje.




Kept From a Dying Partner’s Bedside



When a loved one is in the hospital, you naturally want to be at the bedside. But what if the staff won’t allow it?
Skip to next paragraph
Well

That’s what Janice Langbehn, a social worker in Lacey, Wash., says she experienced when her partner of 18 years, Lisa Pond, collapsed with an aneurysm during a Florida vacation and was taken to a Miami trauma center. She died there, at age 39, as Ms. Langbehn tried in vain to persuade hospital officials to let her visit, along with the couple’s adopted children.

“I have this deep sense of failure for not being at Lisa’s bedside when she died,” Ms. Langbehn said. “How I get over that I don’t know, or if I ever do.”

The case, now the subject of a federal lawsuit in Florida, is being watched by gay rights groups, which say same-sex partners often report being excluded from a patient’s room because they aren’t “real” family members.

And lawyers say the case could affect the way hospitals treat all patients with nonmarital relationships, including older people who choose not to marry, unmarried heterosexual couples and single people who rely on the support of close friends rather than relatives.

One point of contention in the lawsuit is whether a hospital has a legal duty to its patients to always give visiting rights to their designated family members and surrogates.

Robert Alonso, a spokesman for the public trust that runs the Miami hospital, Jackson Memorial, said it typically did not comment on pending litigation, but added that the hospital grants visitation if it doesn’t interfere with other emergency care. “The primary legal point is that the amount of visitation allowed in a trauma emergency room should be decided by the surgeons and nurses treating the patients,” he said.

A similar lawsuit is under way in Washington State, where Sharon Reed says she was denied access to her partner of 17 years, Jo Ann Ritchie, who was dying of liver failure. Although the hospital had liberal visitation policies, a night nurse from an employment agency insisted that Ms. Reed leave her partner’s room, the lawsuit says.

“One of the things her partner said to her was, ‘I’m afraid of dying. Don’t leave me alone,’ ” said Judith A. Lonnquist, a lawyer for Ms. Reed. “That’s why the suffering was so enormous — she felt as if her partner was thinking she had betrayed her trust.”

In both cases, the couples had prepared for a medical emergency, creating living wills, advanced directives and power-of-attorney documents.

As recounted by Ms. Langbehn, the details of the Miami episode are harrowing. It began in February 2007, when the family — including three children, then ages 9, 11 and 13 — traveled there for a cruise. After boarding the ship, Ms. Pond collapsed while taking pictures of the children playing basketball.

The children managed to help her back to the family’s room. Fortunately, the ship was still docked, and an ambulance took Ms. Pond to the Ryder Trauma Center at Jackson Memorial. Ms. Langbehn and the children followed in a taxi, arriving around 3:30 p.m.

Ms. Langbehn says that a hospital social worker informed her that she was in an “antigay city and state” and that she would need a health care proxy to get information. (The worker denies having made the statement, Mr. Alonso said.) As the social worker turned to leave, Ms. Langbehn stopped him. “I said: ‘Wait a minute. I have those health care proxies,’ ” she said. She called a friend to fax the papers.

The medical chart shows that the documents arrived around 4:15 p.m., but nobody immediately spoke to Ms. Langbehn about Ms. Pond’s condition. During her eight-hour stay in the trauma unit waiting room, Ms. Langbehn says, she had two brief encounters with doctors. Around 5:20 a doctor sought her consent for a “brain monitor” but offered no update about the patient’s condition. Around 6:20, two doctors told her there was no hope for a recovery.

Despite repeated requests to see her partner, Ms. Langbehn says she was given just one five-minute visit, when a priest administered last rites. She says she continued to plead with a hospital worker that the children be allowed to see their mother, even showing the children’s birth certificates.

“I said to the receptionist, ‘Look, they’re her kids,’ ” Ms. Langbehn said. (Mr. Alonso, the hospital spokesman, says that except in special circumstances, children under 14 are not allowed to visit in the trauma unit.)

Ms. Langbehn says she was repeatedly told to keep waiting. Then, at 11:30 p.m., Ms. Pond’s sister arrived at the unit. According to the lawsuit, the hospital workers immediately told her that Ms. Pond had been moved an hour earlier to the intensive care unit and provided her room number.

At midnight, Ms. Langbehn says, her exhausted children were finally able to visit their unconscious mother. Ms. Pond was declared brain-dead at 10:45 that morning, and her heart, kidneys and liver were donated to four patients.

In her lawsuit, Ms. Langbehn is being represented by Lambda Legal, a gay rights group. “We want to send a message to hospitals,” said Beth Littrell, a lawyer for the group. “If they don’t treat families as such, if they don’t let patients define their own circle of intimacy and give them the dignity and care to be with their loved ones in this sort of crisis, then they will be held accountable.”

sábado, 16 de maio de 2009

Tiannamen Square-20 anos depois



Em 1989, ano da queda do Muro de Berlin, do fim do socialismo, da renovação da esperança, o mundo estava em ebulição.
De Pequim, nessa praça que viu tantos dos mais famosos acontecimentos chineses, um grupo de estudantes protestava contra a repressão do sistema, a favor do capitalismo, da liberdade de expressão, da razão.
A liberdade sempre foi uma idéia tão poderosa que nem mesmo uma fila de tanques pode dete-la.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

In its rush to save Detroit, the American government is trashing creditors’ rights



Illustration by Claudio Munoz

NO ONE who lent money to General Motors (GM) or Chrysler can have been unaware of their dire finances. Nor can workers have failed to notice their employers’ precarious futures. These were firms that barely stayed afloat in the boom and both creditors and employees were taking a punt on their promise to pay debts and generous health-care benefits.

The bet has failed. The recession has tipped both firms into the abyss—together they lost $48 billion last year. Chrysler has entered bankruptcy, from which it may emerge under Fiat’s control (see article). GM could soon follow if efforts to hammer out a voluntary restructuring fail. America’s government, keen to protect workers, is providing taxpayers’ cash to keep the lights on at both firms. But in its haste it has vilified creditors and ridden roughshod over their legitimate claims over the carmakers’ assets. At a time when many businesses must raise new borrowing to survive, that is a big mistake.align: justify;">Bankruptcies involve dividing a shrunken pie. But not all claims are equal: some lenders provide cheaper funds to firms in return for a more secure claim over the assets should things go wrong. They rank above other stakeholders, including shareholders and employees. This principle is now being trashed. On April 30th, after the failure of negotiations, Chrysler entered Chapter 11. Under the proposed scheme, secured creditors owed some $7 billion will recover 28 cents per dollar. Yet an employee health-care trust, operated at arm’s length by the United Auto Workers union, which ranks lower down the capital structure, will receive 43 cents on its $11 billion-odd of claims, as well as a majority stake in the restructured firm.

The many creditors who have acquiesced include banks that themselves rely on the government’s purse. The objectors have been denounced as “speculators” by Barack Obama. The judge overseeing the case has consented to a quick, “prepackaged” bankruptcy, which seems to give little scope for creditors to argue their case or pursue the alternative of liquidating the company’s assets. In effect Chrysler and the government have overridden the legal pecking order to put workers’ health-care benefits above more senior creditors’ claims, and then successfully argued in court that the alternative would be so much worse for creditors that it cannot be seriously considered.

The Treasury has also put a gun to the heads of GM’s lenders. Unsecured creditors owed about $27 billion are being asked to accept a recovery rate of 5 cents, says Barclays Capital, whereas the health-care trust, which ranks equal to them, gets 50 cents as well as a big stake in the restructured firm. If creditors refuse to co-operate, the government will probably seek to squash them using the same fast-track legal process.

Chapter and verse

The collapse of Detroit’s giants is a tragedy, affecting tens of thousands of current and former workers. But the best way to offer them support is directly, not by gerrymandering the rules. The investors in these firms are easily portrayed as vultures, but many are entrusted with the savings of ordinary people, and in any case all have a legal claim that entitles them to due process. In a crisis it is easy to put politics first, but if lenders fear their rights will be abused, other firms will find it more expensive to borrow, especially if they have unionised workforces that are seen to be friendly with the government.

It may be too late for Chrysler’s secured creditors and if GM’s lenders cannot reach a voluntary agreement, they may face a similar fate. That would establish a terrible precedent. Bankruptcy exists to sort legal claims on assets. If it becomes a tool of social policy, who will then lend to struggling firms in which the government has a political interest?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Viva a marcha da maconha!




Quem tenta proibi-la é tirano contrário a liberdade de expressão.
Se esse é seu caso, seu lugar devia ser a Coréia do Norte!
Felizmente vivemos numa sociedade diversa e plural( ou será que vivemos?)


ps: Particularmente odeio maconha.Não suporto o cheiro.Mas obviamente isso é problema meu.

Dias libertários chegarão



Um incrível acidente-o lugar onde nascemos- infelizmente determina muito de nossa vida.
Devido ao puro acaso de nascermos em determinado país e cidade ficamos automaticamente obrigados a cumprir montes de exigências, obedecer a uma enormidade de leis, algumas das quais nem sabemos que existem, e tudo mal podendo questionar.
Obviamente, muitos podem dizer existe a democracia.Felizmente nós podemos ao menos eleger os donos do poder, ou melhor dizendo, os que usurpam o poder dos outros.Claro, o processo tem falhas, mas é melhor que a tirania.
Ainda assim, uma democracia mais forte seria não haver necessidade de delegar o poder.Seria reter o poder em mim, em voce leitor, em cada um de nós.E sobre isso ainda nao podemos escolher.
As idéias e a chama libertária terão voz de forma definitiva em algum lugar do futuro.Muitas das ideias e muitos dos conceitos do libertarismo estiveram em grandes homens, alguns dos quais sequer sabiam o que essa palavra significa.
Existe um pouco de libertarismo em Marthin Luther King quando ele disse que cada pessoa deveria ser julgada somente pelo seu mérito, e não por traços fisicos coletivistas.
Existiu libertarismo em Thomas Jeffersom quando ele concebeu uma nação onde os políticos e o governo poderiam se intrometer pouco ( infelizmente isso tem piorado) na vida dos cidadães.
Existe até algo de libertário nos poetas beats que apesar de supercomunistas, se declararam contra o sistema, contra a autoridade, contra a obrigatoriedade das convenções.
Se cada libertário tem um pouco de Jefferson, de King, de Ginsberg é hora de dizer, ainda que nós não vejamos em nossa geraçao um mundo libertário, ainda possamos ser taxados de loucos ou radicais, que dias libertários chegarão.
Hoje e sempre a potencialidade humana é fenomenal.Nossa capacidade de surpreender, de inovar, de driblar.Em cada ser humano existe uma chama pronta para explodir, e temos a certeza que conhecemos o melhor caminho para isso.
A todos os que questionaram, zombaram, mudaram, a Luther King, Rothbard, ao auto-declarado liberal Fernando Pessoa aos chicago boys que permitiram que o Chile provasse que atraso e america latina nao precisam andar juntos, gostaríamos de dizer que suas vozes caminham sempre comigo e com todos os libertários.Podem não ser meus olhos que verão, mas esses sonhos se realizarão, e nossos descendentes poderão caminhar por um mundo sem serem mandados.
E quando essa sociedade se aproximar, sem duvida serão tantas novas chamas que fogos de artifício cruzarão o céu.




terça-feira, 5 de maio de 2009

O idiota






Maílson da Nóbrega
Ainda o idiota

"Enquanto Galeano escrevia suas bobagens,
surgiam estudos sérios para explicar por que
a América Latina perdeu para os EUA e o Canadá
o lugar de região mais rica das Américas"

Nada simboliza melhor o atraso mental de Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, do que o ato de presentear o presidente americano, Barack Obama, com o livro As Veias Abertas da América Latina na recente 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago. Como Chávez, uma multidão de latino-americanos se encantou com a obra do uruguaio Eduardo Galeano, publicada em 1971 e muito reeditada desde então.

Galeano tem uma resposta fácil (e equivocada) para o atraso relativo da América Latina: a exploração de suas riquezas pelos colonizadores espanhóis e portugueses, e depois pelos EUA. Como bem disse Reinaldo Azevedo na edição de VEJA da semana passada, "As Veias Abertas é um livro errado desde as primeiras letras".

Ideias como essa foram demolidas de forma bem-humorada por três intelectuais – o colombiano Plinio Apuleyo Mendoza, o cubano Carlos Alberto Montaner e o peruano Alvaro Vargas Llosa – no livro Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, de 1996. Roberto Campos prefaciou a edição brasileira. A obra de Galeano ganhou o epíteto de "bíblia do idiota".

Galeano repetiu Lenin na explicação que este deu para o fracasso da previsão de Marx sobre o colapso do capitalismo: somos pobres porque os ricos nos exploram. "Podemos ficar tranquilos: a culpa não é nossa", zombaram aqueles três em A Volta do Idiota, de 2007. As teses de Galeano "são ao mesmo tempo netas de Marx, filhas de Lenin e sobrinhas de Freud, graças a essa providencial transferência de culpa".

Enquanto Galeano escrevia suas bobagens, surgiam estudos sérios para explicar por que a América Latina perdeu para os EUA e o Canadá o lugar de região mais rica das Américas. Em 1880, a renda per capita do Brasil ainda era semelhante à americana. A mudança decorreu basicamente da qualidade das instituições, que era melhor nas ex-colônias inglesas.

A Nova Teoria Institucional, que daria o Prêmio Nobel de Economia a Ronald Coase (1991) e a Douglass North (1993), permite entender a ultrapassagem. Para North, nos EUA e no Canadá, herdeiros das tradições anglo-saxônicas, o respeito aos direitos de propriedade e aos contratos alinhou incentivos para que os empreendedores investissem. Criaram-se as condições para o crescimento acelerado. Na América Latina, a cultura e as instituições ibéricas eram pouco propícias ao desenvolvimento capitalista.

Stanley Engerman e Kenneth Sokoloff mostraram que as minas de prata na América do Sul espanhola e o clima favorável ao cultivo da cana-de-açúcar no Brasil e nas colônias inglesas e espanholas do Caribe constituíram a base da prosperidade latino-americana entre os séculos XVI e XVIII. A mão de obra era escrava. A riqueza se concentrava nos grandes proprietários. Estão aí as raízes das nossas desigualdades sociais.

A América do Norte recebeu imigrantes artesãos e pequenos agricultores. Formou-se uma ampla classe média. A renda era mais bem distribuída. A religião protestante fomentou a educação ao estimular a leitura da Bíblia sem a intermediação de sacerdotes. A educação primária foi universalizada no século XIX. Em 1800, os EUA possuíam a população mais alfabetizada do mundo.

Segundo Engerman e Sokoloff, "os estudos mais recentes sobre o processo de industrialização nos EUA confirmam a hipótese de que as economias do Novo Mundo onde havia maior igualdade estavam mais bem posicionadas para promover o desenvolvimento". Na América Latina, vicejou o capitalismo de compadres, particularmente no bojo das políticas de substituição de importações. Privilégios, descaso com a educação e leniência com a inflação pioraram a concentração de renda.

Culpar a "espoliação imperialista" pela pobreza latino-americana é mistificação derivada de preguiça mental e cegueira ideológica. Os EUA têm defeitos, mas não o de terem enriquecido nutrindo-se das veias abertas da América Latina. Melhor explicação está nas instituições geradoras da democracia e do capitalismo vigoroso, que ampliaram o bem-estar e catapultaram o país ao posto de maior potência em pouco mais de um século.

Obama poderia oferecer a Chávez os dois livros sobre o idiota latino-americano. Não adiantaria muito, mas seria uma retribuição à altura.

Maílson da Nóbrega
é economista