quinta-feira, 21 de maio de 2009

As instituições necessitam de reformulação





Muitos amigos libertários me dizem que se recusam a algum dia se casar, para marcar a posição de protesto em não aderir a uma instituição discriminatória, que exclui gays de se juntarem a ela.
Embora eu respeite e muito a posição destas pessoas, e admire seus principios eu ja cheguei perto de me casar uma vez anos atrás e não descarto fazer isso no futuro.
Ocorre que não é a instituição em si que é discriminatória e sim os que possuem o direito de administra-la: o estado e as diferentes religiões.
Sobre as religiões devemos respeitar o direito de cada uma delas de seguir suas próprias crenças, concordemos ou não-afinal, somos libertários- mas o estado não tem o direito de determinar quem pode ou não casar.Todos deveriam poder casar se assim desejassem.
Confesso que terei algum desconforto em me juntar a uma instituição administrada pelo estado e que é excluída de muitas pessoas.Espero que isso mude em breve.
Sobre as religiões, nunca serei contra o direito de cada uma determinar sua verdade, suas próprias crenças.Mas tenho o direito de concordar ou não.Lembro da ocasião, quando eu era adolescente que um padre de fortaleza se negou a celebrar o casamento entre um senhor que utilizava cadeira de rodas e sua esposa.Segundo este padre, o próposito do casamento era gerar filhos e como essa união nunca os geraria então eles não deveriam casar.O padre foi apoiado pelo bispo local.
E eu, lendo notícias, percebi naquele exato momento, que a despeito de ter crescido em uma família portuguesa extremamente católica, incomensurávelmente católica para dizer a verdade, percebi que eu jamais seria católico novamente.

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